Mundo

Estados Unidos pedem ao Exército e líderes do Egito fim das detenções

Procuradoria egípcia apresentou acusações contra 200 das 650 pessoas que foram detidas durante atos de violência

Agência France-Presse
postado em 11/07/2013 19:40
WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos pediu nesta quinta-feira (11/7) aos líderes interinos do Egito e ao Exército que parem as detenções arbitrárias de membros da Irmandade Muçulmana, alegando que tais ações apenas prolongarão a crise política do país.

Nos últimos dias, houve muitas detenções "dirigidas contra grupos específicos", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Essas detenções "não estão de acordo com a reconciliação nacional que o governo interino e os militares dizem estar realizando", disse Psaki aos jornalistas.



"Se as detenções continuarem sendo politizadas, será difícil ver como Egito se moverá para além dessa crise", completou.

O procurador-geral do Egito ordenou nesta quarta-feira (10/7) a detenção do guia supremo dos Irmãos Muçulmanos, Mohamed Badie, e de outras importantes lideranças, que estariam incitando a violência depois da morte de 51 pessoas nos confrontos com forças de segurança na segunda-feira (8/7).

De acordo com as fontes, entre as pessoas procuradas pela promotoria estão os principais membros da Irmandade: Mohamed al Beltagui, Mahmud Ezzat e Safwat Hegazi.

A Procuradoria egípcia também apresentou acusações contra 200 das 650 pessoas que foram detidas durante os atos de violência.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação