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Governo britânico rejeita nova investigação sobre morte de Litvinenko

O opositor russo Alexandre Litvinenko foi morto em 2006, em Londres

Agência France-Presse
postado em 12/07/2013 11:45
Londres - O governo britânico rejeitou nesta sexta-feira (12/7) ordenar uma "investigação pública" que permita a análise de documentos secretos sobre a morte do opositor russo Alexandre Litvinenko em Londres em 2006, o que representa um duro golpe no avanço das investigações.

[SAIBAMAIS]O magistrado Robert Owen, encarregado da investigação judicial sobre a morte de Litvinenko, havia indicado em maio estar impossibilitado de examinar o eventual papel do Estado russo no âmbito deste procedimento. Portanto, Owen havia pedido ao Estado britânico para substituir a investigação judicial por uma "investigação pública" (public inquiry), que permite - ao contrário do que seu nome indica - a análise de documentos sensíveis a portas fechadas.



No entanto, o governo rejeitou este pedido na manhã desta sexta-feira, anunciou Robert Owen durante uma audiência perante a Real Corte de Justiça. Litvinenko, um desertor do FSB (Serviço Federal de Segurança russo) refugiado no Reino Unido, tomou um chá em novembro de 2006 com Andrei Lugovoi, um agente secreto russo, e com o empresário Dmitri Kovtun em um hotel londrino. Pouco depois, morreu envenenado com polônio, uma substância radioativa. A viúva de Litvinenko afirma que seu marido trabalhava para os serviços secretos britânicos no momento de sua morte e que foi assassinado por ordem do Kremlin.

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