Agência France-Presse
postado em 12/07/2013 19:18
MONTEVIDÉU - O chanceler da Argentina, Héctor Timerman, denunciou nesta sexta-feira (12/7), durante a cúpula do Mercosul, que mais de 100 funcionários, organizações e pessoas de seu país foram vítimas de espionagem eletrônica do ;estrangeiro;, e que apresentará uma denúncia à Justiça. "Recebi há menos de uma hora de um país que estava aqui presente os nomes com os e-mails e senhas", disse Timerman sobre uma lista com as instituições e pessoas afetadas pela espionagem eletrônica de um país que não identificou.
Diante da insistência dos jornalistas, o chanceler se negou a identificar a que país se referia, limitando-se a dizer que "me pediram segredo (...) quando a lista foi entregue". "O conteúdo são nomes de funcionários, ex-funcionários, e-mails e senhas", revelou o chanceler.
A lista à qual a AFP obteve acesso traz ainda nomes de algumas organizações. Timerman destacou que ainda não foi possível "comprovar se (os nomes) são verdadeiros ou não", e que não acusa qualquer país em particular.
"Não tive a oportunidade de checar nada, simplesmente recebi e apenas apaguei as senhas e fiz cópias para entregar a quem interessa", disse o chanceler. "Amanhã (sábado) vou procurar a Justiça.
A lista inclui o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, assim como vários políticos regionais, prefeitos, secretários, cônjuges de altos funcionários e outros atores da vida civil argentina.