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Líder do cartel de drogas 'Los Zetas', o mais violento do México, é preso

Miguel Ángel Treviño, também conhecido por "Z-40", foi capturado em uma operação da Marinha

O líder do cartel mexicano das drogas Miguel Ángel Treviño, também conhecido por "Z-40", foi capturado em uma operação da Marinha, informou nesta segunda-feira à AFP uma fonte da Procuradoria Federal mexicana.

"Recebemos informação por parte da Secretaria da Marinha que realizaram uma importante prisão, de Miguel Ángel Treviño, na madrugada desta segunda-feira", disse a fonte da Procuradoria, que pediu para não ser identificada.

O chefe dos ;Zetas;, o cartel mais violento do país e apontado como o responsável por massacres no México e na América Central, foi detido junto com outras duas pessoas em Nuevo Laredo, na fronteira com os Estados Unidos.

Uma fonte do ministério do Interior confirmou a prisão.

Treviño, que teria 42 anos, se tornou chefe dos ;Zetas; após a morte, em outubro de 2012, de Heriberto Lazcano ("El Lazca"), durante uma operação da Marinha mexicana.

O departamento americano de Estado oferecia cinco milhões de dólares e o governo mexicano, 30 milhões pela captura de Treviño.

A prisão de Treviño é a mais importante durante a presidência de Enrique Peña Nieto (2012-2018), que substituiu em dezembro passado Felipe Calderón, cujo mandato esteve marcado pela violência entre narcotraficantes, com mais de 70 mil assassinatos.

Os ;Zetas; surgiram no final da década de 90, quando membros do grupo de elite do Exército mexicano desertaram para formar a guarda pessoal do então líder do Cartel do Golfo, Osiel Cárdenas Guillén, detido em 2003 e extraditado para os Estados Unidos.

Em 2010, após anos de expansão, os ;Zetas; romperam com o Cartel do Golfo, o que deflagrou uma sangrenta disputa no nordeste do país.

Os ;Zetas; também enfrentam o Cartel de Sinaloa, liderado pelo homem mais procurado do México, Joaquín "El Chapo" Guzmán, pelo controle das rotas de narcotráfico para os Estados Unidos.

Além do tráfico de drogas, os ;Zetas; estão envolvidos em extorsão, roubo de combustível e tráfico e sequestro de imigrantes.

O grupo é apontado como o autor do massacre de 72 imigrantes da América Central e América do Sul em um rancho de Tamaulipas, em agosto de 2010.

Os ;Zetas; também são acusados da morte de 52 pessoas em um cassino de Monterrey, no norte do México, que foi incendiado em agosto de 2011 por homens armados.