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Irmandade Muçulmana se nega a reconhecer novo governo egípcio

Porta-voz do movimento não reconhece nem a legitimidade, nem a autoridade do governo

Agência France-Presse
postado em 16/07/2013 15:03

A Irmandade Muçulmana se recusou a reconhecer o novo governo egípcio que assumiu suas funções nesta terça-feira, declarou à AFP Gehad al-Haddad, porta-voz do movimento.

"Não reconhecemos nem a legitimidade, nem a autoridade deste governo" formado cerca de duas semanas após a deposição do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade, declarou.

O novo primeiro-ministro, Hazem Beblawi, havia mencionado a possibilidade de incluir islamitas em sua equipe.

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Mas a Irmandade Muçulmana rejeitou nos últimos dias qualquer diálogo ou participação no novo poder instituído, que eles consideram fruto de um golpe de Estado.

O movimento exige o retorno do primeiro presidente democraticamente eleito da história do país.

O novo gabinete conta com trinta membros, mas não possui integrantes afiliados a formações islamitas.

O chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sissi, que comandou a deposição de Mursi, manteve sua pasta da Defesa e recebeu também o posto vice-primeiro-ministro.

As novas autoridades egípcias rejeitam o termo golpe de Estado e consideram que Mursi havia perdido toda a legitimidade após as grandes manifestações populares exigindo a sua saída.

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