Os Estados Unidos denunciaram nesta terça-feira os atos de violência que deixaram sete mortos durante a madrugada no Egito, depois que as forças de segurança entraram em confronto com partidários do presidente deposto Mohamed Morsy.
"Condenamos energicamente a violência ocorrida no Cairo durante a noite" de segunda para terça-feira, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell.
Ventrell indicou que o governo americano também condena a "incitação à violência", ressaltando que "não pode haver lugar para este tipo de violência no Egito".
Washington acredita que "a violência faz com que a transição seja muito mais difícil e ameaça a estabilidade e a prosperidade do Egito", de acordo com o funcionário.
Na última segunda-feira (16/7) à noite, milhares de partidários de Mursi saíram às ruas e confrontos foram registrados em vários locais entre as forças de segurança e alguns grupos de manifestantes.
Os confrontos, travados durante a primeira visita de uma autoridade americana - o secretário de Estado adjunto Bill Burns - desde o golpe militar que derrubou Mursi, deixaram sete mortos e mais de 260 feridos, segundo uma fonte médica.
O secretário americano se reuniu com as novas autoridades no Cairo: o primeiro-ministro Hazem Beblawi, o presidente Adly Mansour e o chefe das Forças Armadas, o general Abdel Fattah Al-Sissi, mantido como ministro da Defesa.
Também manteve "contato por telefone com um representante da Irmandade Muçulmana", segundo Ventrell, que não especificou a identidade desse interlocutor.