O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta terça-feira (16/7) as instruções da União Europeia a seus 28 Estados-membros para que não financiem projetos em colônias israelenses.
"Não aceitaremos as imposições externas sobre nossas fronteiras", declarou o premiê durante uma reunião ministerial de emergência, segundo o seu gabinete.
"Esta questão só será tratada em negociações diretas entre as partes", insistiu.
Netanyahu convocou os ministros da Justiça e do Comércio e o vice-ministro das Relações Exteriores para abordar as "diretrizes" da UE adotadas em junho e que devem ser publicadas oficialmente esta semana.
Segundo a UE, essas orientações preveem que, a partir de 2014, todos os acordos entre o Estado de Israel e a União Europeia deverão "indicar sem ambiguidades e explicitamente que eles não se aplicam aos territórios ocupados por Israel em 1967".
Elas serão "aplicáveis a todos os empréstimos e instrumentos financeiros financiados pela União Europeia", indicou em Bruxelas a porta-voz do serviço diplomático europeu, Maja Kocijancic.
Esta iniciativa estabelece uma distinção entre Israel e Cisjordânia de um lado, Jerusalém Oriental, Faixa de Gaza e as Colinas de Golã de outro, territórios palestinos e sírios ocupados por Israel a partir de 1967.
"Acredito que aqueles que se preocupam com a paz e a estabilidade da região evocariam uma questão como esta apenas depois de resolvidos problemas um pouco mais urgentes, como a guerra civil na Síria e a corrida nuclear no Irã", declarou Netanyahu.