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Estados Unidos apoiam decisão do Panamá de revistar navio norte-coreano

Foi encontrado no navio, procedente de Cuba um sistema de controle de mísseis antiaéreos

Agência France-Presse
postado em 16/07/2013 17:30
Os Estados Unidos elogiaram e expressaram seu apoio à decisão do Panamá de inspecionar um navio norte-coreano procedente de Cuba, no qual foram encontrados um sistema de controle de mísseis antiaéreos.

"Os Estados Unidos apoiam a decisão soberana do Panamá de inspecionar o navio de bandeira norte-coreana" e "saúdam as ações que o governo do Panamá empreendeu neste caso", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell.

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"Estamos prontos para cooperar" com o Panamá, acrescentou sem dar mais detalhes.

O navio Chong Chon Gang, procedente de Cuba com um carregamento de açúcar, foi abordado na quarta-feira passada, quando aguardava permissão para cruzar o canal do Panamá, e levado ao cais de Manzanillo, do Porto Colon, a 80 km da Cidade do Panamá, onde permanece em uma zona restrita.

As autoridades panamenhas suspeitaram que a embarcação transportava drogas, mas ficaram surpresas ao encontrarem "um sofisticado equipamento de mísseis", segundo o próprio presidente do país, Ricardo Martinelli.

Segundo Ventrell, o Chong Chon Gang foi listado como suspeito de traficar drogas por especialistas da ONU em 2012.

"Se de fato existir um carregamento de armas a bordo deste navio, qualquer carregamento de armas ou material relacionado viola as resoluções 1718, 1874 e 2094 do Conselho de Segurança" da ONU, disse.

Essas resoluções exortam Pyongyang a cancelar seu programa de mísseis balísticos e proíbe a importação e a exportação de armas.

"Qualquer país que estiver exportando armas ou material relacionado para a Coreia do Norte, estará cometendo uma violação", insistiu Ventrell.

A inspeção do barco pode durar uma semana.

No Canal do Panamá trafegam navios militares e mercantes com carregamento bélico, mas essas cargas devem ser declaradas com antecedência e requerem um protocolo especial, disse um funcionário do canal.

O regime de Pyongyang e as autoridades cubanas ainda não reagiram ao caso.

Cuba, de onde o navio zarpou, é um dos poucos países que mantêm laços diplomáticos com o governo de Pyongyang, que está fortemente isolado na comunidade internacional por seus testes nucleares.

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