Indígenas mapuche ocuparam nesta terça-feira (16/7) dois poços de petróleo em Vaca Muerta, uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do mundo, contra a iminente assinatura de um contrato entre as petroleiras YPF da Argentina e a Chevron dos EUA.
"A YPF está trazendo a pior empresa do mundo, que é a Chevron", disse ao canal a cabo Todo Noticias Lefxaru Nahuel, o líder da Confederação Mapuche de Neuquén, no local do protesto.
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A ocupação pacífica dos poços por uma centena de mapuches levou à suspensão da atividade desde a manhã desta terça-feira (16/7), na jazida onde opera uma concessionária da YPF na área de Vaca Muerta, 1.100 km a sudoeste de Buenos Aires.
"Nossa luta é, sobretudo, contra a hidrofratura (sistema não convencional de fratura da rocha pelo qual se extrai o hidrocarboneto), que é contaminante, e também contra a Chevron. Nossa posição é de não permitir a entrada da Chevron na terra mapuche", insistiu.
Os pré-acordos entre a petroleira argentina e a Chevron contemplam um investimento inicial de 1,5 bilhão de dólares e um investimento global, no final do processo, de cerca de U$15 bilhões.
O capital é destinado à exploração de Loma La Lata Norte, cerca de 360 km; dos 12.075 Km; que a YPF possui na formação geológica de Vaca Muerta, jazida de petróleo e gás de xisto.
O prêmio Nobel da Paz argentino (1980), Adolfo Pérez Esquivel, disse em comunicado que "mediante este acordo com a Chevron, os argentinos, estamos entregando nossos recursos aos EUA e transformando a YPF em uma empresa altamente contaminante, que usará o método conhecido como fracking (fratura)".
Os técnicos da YPF negam que a tecnologia utilizada gere contaminação aos aquíferos.