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Chile: governista Pablo Longueira abandona corrida presidencial

Um dos filhos de Longueira informou que foi por motivos de saúde sem revelar maiores detalhes

Agência France-Presse
postado em 17/07/2013 21:59
SANTIAGO - O candidato do governo à presidência do Chile, Pablo Longueira, decidiu abandonar a disputa visando às eleições gerais de 17 de novembro próximo, devido a razões de saúde não especificadas, informou nesta quarta-feira (17/7) um de seus filhos.

"Por sua responsabilidade com o Chile, com sua aliança política e com seu partido, nosso pai apresentou hoje sua renúncia à candidatura presidencial" por razões de saúde, revelou Juan Pablo Longueira em entrevista coletiva.

Longueira, do partido conservador União Democrata Independente (UDI), venceu as primárias da aliança governista no dia 30 de junho passado, derrotando o ex-ministro da Defesa Andrés Allamand, da Renovação Nacional (RN), partido do presidente Sebastián Piñera.

"Nosso pai está doente; após a vitória nas primárias da Aliança e durante alguns dias de descanso sua saúde se deteriorou devido a um quadro de pressão diagnosticado", explicou o filho de Longueira.



A porta-voz do governo Cecilia Pérez agradeceu "todo o sacrifício, toda sua vocação de servidor público, e toda a força e paixão" empregada por Longueira a favor da aliança.

Seu chefe de campanha, Joaquín Lavín, destacou sua confiança na recuperação de Longueira, "mas isto necessita tempo e tranquilidade".

Longueira, 54 anos, é um engenheiro civil com ampla experiência política e conhecido por seu apoio à ditadura de Augusto Pinochet.

Ex-ministro da Economia, Longueira foi nomeado candidato da UDI em maio passado, após o também ex-ministro Laurence Golborne abandonar sua candidatura diante de uma decisão judicial contra uma empresa que havia dirigido.

Golborne ficou conhecido no Chile por liderar o dramático e bem sucedido resgate de 33 mineiros presos em uma mina do Atacama em 2010.

Diante da renúncia, a Lei das Primárias prevê que os partidos que integram a Aliança governista - UDI e Renovação Nacional - poderão indicar seus candidatos conjuntamente ou de forma separada.

"Convocamos a Comissão Política para quinta-feira (17/7) com a finalidade de nomear, o mais rápido possível, o candidato que substituirá Pablo Longueira", disse Patricio Melero, presidente da UDI.

A Renovação Nacional pode voltar com a candidatura de Andrés Allamand, que após a derrota nas primárias decidiu concorrer ao Senado por Santiago.

Os governistas correm contra o tempo há apenas quatro meses das eleições presidenciais de 17 de novembro, às quais a ex-presidente socialista Michelle Bachelet aparece como ampla favorita.

Segundo a última pesquisa da Universidade do Desenvolvimento, Longueira tinha 25% das intenções de voto, contra 39% para Bachelet.

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