postado em 19/07/2013 08:29
O presidente interino do Egito, Adly Mansour, disse nesta sexta-feira (19/7), véspera de novas manifestações de simpatizantes do presidente deposto Mouhamed Mursi, que travará a batalha da segurança até o fim. ;Estamos em um momento decisivo da história do Egito, que alguns querem conduzir para o desconhecido;, ressaltou Mansour.A afirmação de Mansour ocorre no momento em que oposicionistas ao governo e simpatizantes de Mursi defendem o retorno do presidente deposto ao poder. Protestos e manifestações são diários nas principais cidades do Egito, registrando situações de violência.
Paralelamente, a Irmandade Muçulmana, movimento que apoia Mursi, informou que aceita uma mediação pela União Europeia (UE) na tentativa de restituir o cargo ao presidente deposto. Integrantes do movimento se reuniram com a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, e o representante da entidade no Egito, Bernardino Leon, para apresentar a proposta.
Gehad El Haddad, um dos principais dirigentes da Irmandade Muçulmana, disse que, durante a reunião, houve uma "discussão sobre a forma de preparar as negociações;. ;A restauração da legitimidade não é negociável;, destacou. Para Amr Darrag, que foi ministro de Mursi, a União Europeia demonstrou ;desejo; de que a Irmandade Muçulmana ;faça parte do processo de discussão política;.
No último dia 3, as Forças Armadas destituíram Mursi do poder, depois de meses de protestos no país cobrando ações do governo. Interinamente, assumiu a Presidência do Egito Adly Mansour, que era o presidente da Suprema Corte. Ele prometeu eleições, em seis meses, após reformar a Constituição do país.