Agência France-Presse
postado em 22/07/2013 16:11
LISBOA - O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, ratificou nesta segunda-feira (22/7), ao término de três semanas de crise política e depois de receber o apoio do presidente Anibal Cavaco Silva, que continuará com a política de austeridade acordada com os credores de Portugal. "Muitos dizem que a austeridade é excessiva, mas as circunstâncias a impõem", afirmou Passos Coelho, que dirige um governo de centro-direita. "A confiança conquistada nos últimos dois anos foi um pouco atingida", disse o primeiro-ministro, que prometeu "reconstruir esta confiança".
Quero dissipar "as dúvidas sobre nossa vontade de concluir nosso programa de ajuda na data prevista", em junho de 2014, acrescentou. Passos Coelho disse que irá continuar com as "reformas profundas", apesar da impopularidade da política de austeridade levada adiante sob a tutela da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No domingo, o presidente Aníbal Cavaco Silva apoiou Passos Coelho e descartou a convocação de eleições legislativas, exigida pela oposição de esquerda. "Considero que a melhor solução é manter o atual governo em funcionamento", declarou o chefe de Estado. "No atual contexto de urgência nacional, a convocação de eleições não é uma solução para os problemas enfrentados por Portugal", acrescentou.
Num primeiro momento, o presidente havia pedido aos partidos da coalizão no poder e aos socialistas que concluíssem um "pacto de salvação nacional" para cumprir o ajuste financeiro exigido pela UE, pelo BCE e FMI em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros acordada em 2011.
No entanto, o fracasso desta solução o obrigou a recuar e a confirmar em seu cargo o líder da coalizão de centro-direita, no poder desde junho de 2011.
Apesar de tardia, a decisão presidencial foi recibida positivamente pelos investidores e os especuladores.
A taxa de juros dos bônus a 10 anos de Portugal registrava uma clara queda na segunda-feira e a bolsa de Lisboa estava em alta de quese 2%.
Por outro lado, Cavaco Silva foi criticado em Portugal. "É difícil entender por que Cavaco aceita agora a solução que havia considerado insuficiente", escreveu o Diário de Notícias. "Tudo vai continuar como antes quando o país necessita uma nova orientação". disse Alberto Martins, que liderou a delegação socialista que negociou com os partidos da coalizão de centro-direita.
Nesta segunda-feira, ainda existiam dúvidas com relação à composição do governo, já que o presidente não informou se aprovava as mudanças ministeriais propostas por Passos Coelho. Na segunda-feira subsistiam dúvidas com relação à composição do governo já que o presidente não informou se aprovava as mudanças ministeriais propostos por Passos Coelho.
O primeiro-ministro decidiu promover ao cargo de vice-primeiro-ministro Paulo Portas, chefe do Partido Conservador CDS-OO, cuja renúncia ao ministério das Relações Exteriores desencadeou a crise. O primeiro-ministro decidiu promover Paulo Portas a vice-ministro, chefe do Partido Conservador CDS-PP, cuja renúncia ao Ministério das Relações Exteriores desencadeou a crise.
Cavaco Silva fez uma advertência velada a Passos Coelho, ao afirmar que não renunciaria a nenhum de seus poderes constitucionais, em particular o de convocar eleições antecipadas. A tutela do governo pela "Troika" (UE, BCE, FMI) se soma agora a do presidente "o que cria uma instabilidade permanente", disse o Diário de Notícias.
Devido à crise política, a troika aceitou adiar até o final de agosto ou começo de setembro a missão de análise das contas do país. O governo que se comprometeu a reduzir o déficit público a 5,5% do PIB em 2013, poderia pedir um novo prazo para cumprir com esse objetivo.
Além disso, deve apresentar um plano de reforma do estado detinado a reduzir o gasto público de 4,7 bilhões de euros, o que implica um risco de mobilização social. "O povo português não permanecerá passivo e todas as formas de luta são possíveis", alertou a direção da CGTP, a principal central sindical de Portugal.
Quero dissipar "as dúvidas sobre nossa vontade de concluir nosso programa de ajuda na data prevista", em junho de 2014, acrescentou. Passos Coelho disse que irá continuar com as "reformas profundas", apesar da impopularidade da política de austeridade levada adiante sob a tutela da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No domingo, o presidente Aníbal Cavaco Silva apoiou Passos Coelho e descartou a convocação de eleições legislativas, exigida pela oposição de esquerda. "Considero que a melhor solução é manter o atual governo em funcionamento", declarou o chefe de Estado. "No atual contexto de urgência nacional, a convocação de eleições não é uma solução para os problemas enfrentados por Portugal", acrescentou.
Num primeiro momento, o presidente havia pedido aos partidos da coalizão no poder e aos socialistas que concluíssem um "pacto de salvação nacional" para cumprir o ajuste financeiro exigido pela UE, pelo BCE e FMI em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros acordada em 2011.
No entanto, o fracasso desta solução o obrigou a recuar e a confirmar em seu cargo o líder da coalizão de centro-direita, no poder desde junho de 2011.
Apesar de tardia, a decisão presidencial foi recibida positivamente pelos investidores e os especuladores.
A taxa de juros dos bônus a 10 anos de Portugal registrava uma clara queda na segunda-feira e a bolsa de Lisboa estava em alta de quese 2%.
Por outro lado, Cavaco Silva foi criticado em Portugal. "É difícil entender por que Cavaco aceita agora a solução que havia considerado insuficiente", escreveu o Diário de Notícias. "Tudo vai continuar como antes quando o país necessita uma nova orientação". disse Alberto Martins, que liderou a delegação socialista que negociou com os partidos da coalizão de centro-direita.
Nesta segunda-feira, ainda existiam dúvidas com relação à composição do governo, já que o presidente não informou se aprovava as mudanças ministeriais propostas por Passos Coelho. Na segunda-feira subsistiam dúvidas com relação à composição do governo já que o presidente não informou se aprovava as mudanças ministeriais propostos por Passos Coelho.
O primeiro-ministro decidiu promover ao cargo de vice-primeiro-ministro Paulo Portas, chefe do Partido Conservador CDS-OO, cuja renúncia ao ministério das Relações Exteriores desencadeou a crise. O primeiro-ministro decidiu promover Paulo Portas a vice-ministro, chefe do Partido Conservador CDS-PP, cuja renúncia ao Ministério das Relações Exteriores desencadeou a crise.
Cavaco Silva fez uma advertência velada a Passos Coelho, ao afirmar que não renunciaria a nenhum de seus poderes constitucionais, em particular o de convocar eleições antecipadas. A tutela do governo pela "Troika" (UE, BCE, FMI) se soma agora a do presidente "o que cria uma instabilidade permanente", disse o Diário de Notícias.
Devido à crise política, a troika aceitou adiar até o final de agosto ou começo de setembro a missão de análise das contas do país. O governo que se comprometeu a reduzir o déficit público a 5,5% do PIB em 2013, poderia pedir um novo prazo para cumprir com esse objetivo.
Além disso, deve apresentar um plano de reforma do estado detinado a reduzir o gasto público de 4,7 bilhões de euros, o que implica um risco de mobilização social. "O povo português não permanecerá passivo e todas as formas de luta são possíveis", alertou a direção da CGTP, a principal central sindical de Portugal.