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Morales aceita desculpas de países europeus e ordena volta de embaixadores

O presidente boliviano disse que "o Estado plurinacional da Bolívia se reserva o direito de prosseguir com as ações empreendidas ante organismos internacionais

Agência France-Presse
postado em 24/07/2013 11:51
Quando retornava de Moscou a La Paz, os quatro países europeus fecharam o espaço aéreo ao avião Evo Morales (foto), por suspeitas de que transportava Edward SnowdenLa Paz - O presidente boliviano, Evo Morales, aceitou nesta quarta-feira (24/7) as desculpas de França, Itália, Espanha e Portugal, cujos governos lhe negaram no início de junho a passagem por seu espaço aéreo, e ordenou o retorno dos embaixadores chamados para consultas após o incidente.

"Quero dizer que ainda que não estejamos plenamente satisfeitos, aceitamos as desculpas dos quatro países como um primeiro passo, porque queremos continuar as relações de respeito com estes países, relações de complementaridade e solidariedade. Consequentemente, em coordenação com as chancelarias foi acordado o retorno de nossos embaixadores", afirmou em declaração divulgada por seu gabinete em La Paz.



Morales afirmou que "o Estado plurinacional da Bolívia se reserva o direito de prosseguir com as ações empreendidas ante organismos internacionais e de acudir perante instâncias que acredita que sejam necessárias para alcançar uma reparação completa para que este incidente não volte a ocorrer".

No início de julho, quando retornava de Moscou a La Paz, os quatro países europeus fecharam o espaço aéreo ao avião de Morales, por suspeitas de que transportava o ex-consultor da inteligência americana Edward Snowden, exigido por Washington por espionagem depois de revelar um programa secreto americano. Morales disse que o retorno dos diplomatas também é cumprido em acordo com os países que decidiram convocar seus embaixadores.

Na última cúpula do Mercosul - Argentina, Brasil, Venezuela e Uruguai (com Paraguai provisoriamente suspenso) -, há duas semanas em Montevidéu, o bloco resolveu chamar para consultas seus embaixadores, mas apenas o Equador comunicou oficialmente tal decisão.

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