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Sudão do Sul pede calma após dissolução do governo que destituiu ministros

A abrupta decisão do presidente faz temer um novo período de estabilidade no país, que obteve a independência do Sudão há apenas dois anos e ainda não fechou as feridas da guerra civil

Agência France-Presse
postado em 24/07/2013 12:38
Juba, Sudão do Sul - O exército se posicionou nesta quarta-feira (24/7) em Juba, a capital do Sudão do Sul, e a rádio estatal está transmitindo pedidos à calma, um dia após o presidente Salva Kiir ordenar a dissolução do governo. Na terça-feira (23/7), Kiir destituiu os 29 ministros do governo e seus adjuntos, assim como o vice-presidente Riek Machar, seu grande rival político, e suspendeu Pagan Amum, o secretário-geral do partido no poder (Movimento Popular para a Libertação de Sudão-SPLM).



Tanto Amum, encarregado de realizar as delicadas negociações com o Sudão em nome do Sudão do Sul, assim como Machar, são dois pesos pesados da política nacional. Segundo a ONG Enough Project, que milita pela paz entre os sudaneses, a dissolução do governo é resultado da luta interna da classe dirigente sudanesa.

A abrupta decisão de Kiir faz temer um novo período de estabilidade no país, que obteve a independência do Sudão há apenas dois anos e ainda não fechou as feridas da guerra civil (1983-2005). Apesar da assinatura de um acordo para pôr fim à guerra civil, que abriu caminho para a independência no Sul em julho de 2011, ainda persistem fortes tensões entre Cartum (capital do Sudão) e Juba.

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