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Tunísia: polícia dispersa manifestantes após assassinato de opositor

Brahmi foi assassinado com vários tiros no bairro de Ariana, em meio às comemorações pelo 56º aniversário da República, e os opositores acusam o Ennahda pelo crime

Agência France-Presse
postado em 25/07/2013 20:11
TUNES - A polícia lançou bombas de gás lacrimogênio na noite desta quinta-feira (25/7) para dispersar manifestantes em Túnis, que protestavam diante do ministério do Interior para exigir a renúncia do governo, após o assassinato do deputado opositor Mohamed Brahmi, constatou a AFP.

Os agentes investiram contra a multidão que bloqueava a avenida central Habib Bourguiba para realizar um protesto noturno diante do ministério, após a morte de Brahmi, coordenador-geral do Movimento Popular e membro da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

Sob os gritos de "abaixo o partido da Irmandade, abaixo os carrascos do povo", os manifestantes repudiaram a aliança entre o partido islâmico no poder, o Ennahda, e a Irmandade Muçulmana, no Egito.



Brahmi foi assassinado com vários tiros no bairro de Ariana, em meio às comemorações pelo 56; aniversário da República, e os opositores acusam o Ennahda pelo crime.

O chefe do governo tunisiano, Ali Larayedh, denunciou o assassinado do opositor ao mesmo tempo em que criticou as manifestações e alertou contra a desobediência civil.

Mohamed Brahmi, de 58 anos, foi eleito deputado em Sidi Buzid, berço da revolução que derrubou o regime de Ben Ali em 2011.

"A Tunísia é livre, Irmandade fora", gritavam os manifestantes em referência à ligação do Ennahda com a Irmandade Muçulmana egípcia.

"Ghannuchi assassino", "Ennahda deve cair", "Assembleia Constituinte deve ser dissolvida", gritaram.

Em Sidi Buzid, os manifestantes invadiram a prefeitura e incendiaram escritórios do edifício.

Na mesma região, em Menzel Buza;ane, manifestantes saquearam a sede do partido islâmico.

O assassinato de Mohamed Brahmi acontece seis meses após a morte de Chokri Bela;d, que foi atribuído a um grupo islâmico radical. Sua família também acusou o Ennahda, que negou qualquer envolvimento,

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