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Tribunal russo rejeita libertação antecipada de integrante do Pussy Riot

Diante do tribunal, Nadejda Tolokonnikova se manteve firme em suas convicções e assumiu os atos e disse que "rejeitará a condenação condenação até o fim"

Moscou - Um tribunal de apelação russo rejeitou nesta sexta-feira (26/7) a libertação antecipada de Nadejda Tolokonnikova, integrante do grupo Pussy Riot, que cumpre uma pena de dois anos de campo por uma "oração punk" contra Putin, anunciou a agência pública de informações jurídicas Rapsi. "Rejeitaram a libertação antecipada de Tolokonnikova, seguirá presa até o fim da pena", escreveu em sua conta no Twitter um integrante do grupo Voina, vinculado às Pussy Riot.



Diante do tribunal, Nadejda Tolokonnikova se manteve firme em suas convicções e assumiu seus atos. "Rejeitarei minha condenação até o fim. Levarei o caso à Suprema Corte russa", declarou Tolokonnikova. "Não reconheço minha culpa e não a reconhecerei nunca", disse, citada pela agência Rapsi. "Considero que não se trata de um erro, como afirma a administração do campo, mas de uma força, já que tenho princípios e vou defendê-los", acrescentou Tolokonnikova.

Tolokonnikova foi detida em março de 2012 junto a Maria Alekhina e Ekaterina Samutsevich, também integrantes do grupo feminista Pussy Riot, por terem cantado uma "oração punk" na catedral de Cristo Salvador de Moscou em 21 de fevereiro de 2012. Na oração, as Pussy Riot pediam que a virgem expulsasse Putin do poder.