Benghazi - Abdessalem Al-Mesmari, advogado e militante político líbio, e oficiais da polícia e do Exército foram assassinados nesta sexta-feira em Benghazi, em diferentes ataques, informou à AFP uma autoridade dos serviços de segurança.
O advogado "foi assassinado ao deixar uma mesquita do bairro de Al-Berka. Uma bala atingiu seu coração", declarou o porta-voz da célula comum de segurança, coronel Mohamed Al-Hijazi, considerando provável que ela tenha sido disparada por um atirador de elite. Mais tarde, foram assassinados dois oficiais em Benghazi, segundo a autoridade líbia.
O coronel Salem Al-Sarah, oficial da Aeronáutica, foi assassinado por desconhecidos quando saía de uma mesquita de Benghazi, informou Hijazi. O coronel Jatab Abdelrahim Al-Zwei, chefe de uma delegacia, morreu baleado enquanto dirigia na cidade, no leste da Líbia.
O advogado assassinado foi um dos primeiros militantes que participaram das manifestações contra o regime do ditador Muamar Khadafi em fevereiro de 2011.
Mesmari participou da criação da Coalizão do 17 de Fevereiro, braço político da rebelião contra o regime de Khadafi, antes de assumir o controle o Conselho Nacional de Transição(CNT).
Após a revolução, distinguia-se por sua oposição à Irmandade Muçulmana, que, para ele, queria o poder, apesar da oposição da população.
"A política na Líbia é virgem, e a Irmandade tenta violá-la", declarou em setembro de 2011, antes da queda do regime de Khadafi, no mês seguinte.