Agência France-Presse
postado em 27/07/2013 09:24
Santiago de Compostela - O maquinista do trem que descarrilou na quarta-feira perto de Santiago de Compostela provocando a morte de ao menos 78 pessoas foi transferido neste sábado (27/7) a uma delegacia, onde está detido por "homicídio por imprudência", enquanto a polícia terminou a identificação dos últimos corpos. "Desde as 19h40 (14h40 de Brasília) de quinta-feira está em condição jurídica de detido por supostos crimes de homicídio por imprudência", disse o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, em uma coletiva de imprensa.
O maquinista, José Francisco Garzón Amo, de 52 anos, recebeu alta do hospital pela manhã, onde se recuperava dos ferimentos leves que sofreu no acidente de quarta-feira, e está agora na delegacia central da cidade. No domingo pode passar à disposição judicial, acrescentou o ministro.
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Nas últimas horas, o governo - que falou de "indícios razoáveis" - e as autoridades ferroviárias apontam o condutor como o responsável pelo acidente por excesso de velocidade na curva onde o trem descarrilou. "Quatro quilômetros antes de onde ocorre o acidente, (o condutor) já tem a notificação de que tem que começar a reduzir a velocidade", disse na sexta-feira Gonzalo Ferre, presidente da Adif, o órgão que administra a rede ferroviária, em declarações à rede de televisão pública espanhola.
As caixas-pretas do trem, que contêm os dados sobre a velocidade no momento do acidente, estão sob custódia, mas ainda não foram analisadas, explicou Ana Pastor, a ministra de Fomento, que insistiu na segurança e na confiabilidade da rede espanhola de trens.
Por sua vez, o presidente da Galícia, Alberto Núñez Feijóo, pediu para seja dado o tempo necessário aos investigadores. "Pedimos que a investigação seja feita com profundidade, não queremos comentários ou suposições, o que queremos são conclusões", disse na coletiva de imprensa junto ao ministro do Interior.
Na curva próxima a Santiago onde ocorreu o acidente, os técnicos seguiam trabalhando neste sábado para desobstruir a via, ainda fechada para o tráfego. "A previsão é liberá-la durante o fim de semana", disse uma porta-voz da Adif.
Desde sexta-feira os trens voltaram a circular neste trecho por um segundo trilho, mas com extrema prudência no local do acidente.
Mais de 30 feridos em estado grave
Setenta e uma pessoas ainda estão internadas em hospitais da Galícia, 31 delas em estado grave (28 adultos e três menores), indicou o governo regional.
Já a polícia judicial terminou o processo de identificação dos últimos três corpos que faltavam, indicou o Tribunal Superior de Justiça da Galícia.
"Foram identificadas oficialmente as três vítimas do acidente que faltavam", afirmou o Tribunal em um comunicado, acrescentando que entre estas últimas vítimas havia "um homem francês", o que aumenta para oito o número de estrangeiros mortos no acidente, depois da identificação dos corpos de pessoas da Venezuela, Argélia, Estados Unidos, Brasil, México, República Dominicana e Itália.
O acidente ferroviário de Santiago é o pior já ocorrido na Espanha desde a década de 1940, quando centenas de pessoas morreram na colisão de dois trens na província de León (noroeste).
O maquinista, José Francisco Garzón Amo, de 52 anos, recebeu alta do hospital pela manhã, onde se recuperava dos ferimentos leves que sofreu no acidente de quarta-feira, e está agora na delegacia central da cidade. No domingo pode passar à disposição judicial, acrescentou o ministro.
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Nas últimas horas, o governo - que falou de "indícios razoáveis" - e as autoridades ferroviárias apontam o condutor como o responsável pelo acidente por excesso de velocidade na curva onde o trem descarrilou. "Quatro quilômetros antes de onde ocorre o acidente, (o condutor) já tem a notificação de que tem que começar a reduzir a velocidade", disse na sexta-feira Gonzalo Ferre, presidente da Adif, o órgão que administra a rede ferroviária, em declarações à rede de televisão pública espanhola.
As caixas-pretas do trem, que contêm os dados sobre a velocidade no momento do acidente, estão sob custódia, mas ainda não foram analisadas, explicou Ana Pastor, a ministra de Fomento, que insistiu na segurança e na confiabilidade da rede espanhola de trens.
Por sua vez, o presidente da Galícia, Alberto Núñez Feijóo, pediu para seja dado o tempo necessário aos investigadores. "Pedimos que a investigação seja feita com profundidade, não queremos comentários ou suposições, o que queremos são conclusões", disse na coletiva de imprensa junto ao ministro do Interior.
Na curva próxima a Santiago onde ocorreu o acidente, os técnicos seguiam trabalhando neste sábado para desobstruir a via, ainda fechada para o tráfego. "A previsão é liberá-la durante o fim de semana", disse uma porta-voz da Adif.
Desde sexta-feira os trens voltaram a circular neste trecho por um segundo trilho, mas com extrema prudência no local do acidente.
Mais de 30 feridos em estado grave
Setenta e uma pessoas ainda estão internadas em hospitais da Galícia, 31 delas em estado grave (28 adultos e três menores), indicou o governo regional.
Já a polícia judicial terminou o processo de identificação dos últimos três corpos que faltavam, indicou o Tribunal Superior de Justiça da Galícia.
"Foram identificadas oficialmente as três vítimas do acidente que faltavam", afirmou o Tribunal em um comunicado, acrescentando que entre estas últimas vítimas havia "um homem francês", o que aumenta para oito o número de estrangeiros mortos no acidente, depois da identificação dos corpos de pessoas da Venezuela, Argélia, Estados Unidos, Brasil, México, República Dominicana e Itália.
O acidente ferroviário de Santiago é o pior já ocorrido na Espanha desde a década de 1940, quando centenas de pessoas morreram na colisão de dois trens na província de León (noroeste).