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Negociações de paz recomeçam segunda-feira em Washington

John Kerry conversará com líderes israelenses e palestinos e estenderá, pessoalmente, um convite para que ambos os lados enviem equipes experientes de negociação a Washington

Agência France-Presse
postado em 28/07/2013 17:56
Washington - Delegados israelenses e palestinos reiniciarão na segunda-feira (29/7), em Washington, os diálogos de paz diretos, anunciou o Departamento de Estado americano em nota divulgada neste domingo. "O secretário de Estado John Kerry falou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e lhes convidou a enviar suas equipes negociadoras para retomar, formalmente, as negociações diretas. As primeiras reuniões estão previstas para a tarde de segunda, 29 de julho, e terça, 30 de julho", de acordo com a porta-voz Jen Psaki.

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Os israelenses estarão representados pela ministra da Justiça Tzipi Livni e por Yitzhak Molcho, e os palestinos, pelo chefe negociador Saeb Erekat e por Mohamed Shtayeh.

O diálogo de paz entre ambas as partes está totalmente interrompido desde setembro de 2010, depois que Israel decidiu retomar os assentamentos nos territórios palestinos, até então paralisados. "Como foi anunciado pelo secretário Kerry em 19 de julho em Amã, na Jordânia, os israelenses e os palestinos chegaram a um acordo para retomar as negociações diretas", acrescenta a nota. "As reuniões em Washington marcarão o início das conversas" e "servirão como uma oportunidade para desenvolver um plano de trabalho", visando à continuação do processo nos próximos meses.

Neste domingo, o governo israelense aprovou a libertação de 104 prisioneiros palestinos. "O governo aprovou a abertura de negociações entre Israel e os palestinos", estancadas há três anos, assim como a formação de "um comitê ministerial para a libertação de prisioneiros durante as negociações", informou um comunicado do gabinete do premier de Israel, Benjamin Netanyahu.

A autorização do gabinete israelense aconteceu após várias horas de deliberações, devido à forte oposição expressa por muitos ministros à soltura dos detentos. Eles contam com o apoio de boa parte da opinião pública israelense.

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