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Oposição rejeita resultado de eleição no Camboja e exige investigação

Ao término de uma consulta considerada injusta pelas organizações locais e internacionais, a oposição decidiu prosseguir com o combate

Agência France-Presse
postado em 29/07/2013 08:57
Phnom Penh - A oposição cambojana anunciou nesta segunda-feira (29/7) que não reconhece a vitória do primeiro-ministro Hun Sen nas eleições legislativas de domingo (28/7) e exige uma investigação independente sobre supostas fraudes nas eleições. Ao término de uma consulta considerada injusta pelas organizações locais e internacionais, a oposição - unida como nunca e que obteve resultados muito melhores em comparação com cinco anos atrás - decidiu prosseguir com o combate. "O Partido de Salvação Nacional do Camboja (CNRP) não pode aceitar os resultados (...), já que o CNRP encontrou um grande número de irregularidades sérias", disse em um comunicado.

Pessoas leem cartilha distribuída pela oposição depois de rejeitar os resultados das eleições em um templo budista, em Phnom Penh
Exige o estabelecimento de um comitê que investigue estas irregularidades, integrado por membros da maioria e da oposição, da Comissão Eleitoral Nacional (NEC), assim como de representantes da ONU e de organizações da sociedade civil, que entregue suas conclusões "no máximo no dia 31 de agosto". No domingo (28), o Partido do Povo do Camboja (CPP) do homem forte do país, que ocupa o posto de primeiro-ministro desde 1985, anunciou que conserva a maioria no Parlamento, com 68 assentos, contra os 55 de seus adversários.



Pouco antes, a oposição cambojana havia anunciado sua vitória, para depois se retratar sem mencionar nenhum tipo de resultado. Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o chefe da oposição que retornou recentemente do exílio, Sam Rainsy, disse que 1,25 milhão de pessoas desapareceram do censo, no qual havia 1 milhão de nomes falsos e 200 mil duplicados em várias listas. "Não tentamos negociar nossa participação no governo, não nos interessa", afirmou Rainsy. "O que nos interessa é fazer justiça ao povo cambojano para garantir que sua vontade não seja deformada como ocorreu até agora".

No domingo (28), várias organizações estrangeiras denunciaram as condições da eleição, em particular a Transparência Internacional, que confirmou desde o fim do processo eleitoral muitas irregularidades.

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