Agência France-Presse
postado em 30/07/2013 09:28
Islamabad -O Parlamento paquistanês elegeu nesta terça-feira (30/7) o empresário Mamnoon Hussein como o novo presidente do Paquistão, o gigante muçulmano de 180 milhões de pessoas, vítima de ataques dos talibãs, anunciou a rede de televisão pública. O candidato da Liga Muçulmana (PML-N) sucederá Asif Ali Zardari, cujo mandato termina no dia 8 de outubro.No Paquistão, o presidente é eleito por um comitê de membros do Parlamento nacional e de deputados das assembleias de quatro províncias. Cada província dispunha nesta eleição do mesmo número de votos, em uma tentativa de manter um equilíbrio mínimo em um país onde a metade da população vive em Punjab.
[SAIBAMAIS]Esta eleição, prevista inicialmente para o dia 6 de agosto, foi adiantada para esta terça-feira (30) pelo Tribunal Supremo, uma decisão criticada pelo Partido do Povo Paquistanês (PPP) do presidente Zardari. Esta formação passou à oposição após a derrota sofrida nas legislativas de maio, conquistadas por ampla maioria pela Liga Muçulmana (PML-N) de Sharif.
Frustrado pela decisão da Justiça, o PPP, atualmente a principal força da oposição, boicotou esta eleição que, matematicamente, não tinha nenhuma possibilidade de vencer. Devido ao boicote do PPP, à renúncia de alguns candidatos e à rejeição de outras candidaturas, apenas dois aspirantes disputavam o cargo de presidente.
Mamnoon Hussein, um dos barões do PML-N que fez fortuna no setor têxtil e que foi brevemente governador da província de Sind em 1999, enfrentou Wajihudin Ahmed, um ex-juiz do Tribunal Supremo aposentado que defende o Tehreek-e-Insaf (PTI), o partido ascendente do ex-astro do críquete Imran Khan.