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Investigadores examinam caixas-pretas de trem de Santiago de Compostela

A informação que for extraída será transmitida imediatamente ao juiz da investigação, Luis Aláez, indicou uma porta-voz do Tribunal Superior de Justiça da Galícia

Agência France-Presse
postado em 30/07/2013 09:53
Madri - Os investigadores começaram nesta terça-feira (30/7) a examinar o conteúdo das caixas-pretas do trem que descarrilou no dia 24 de julho em Santiago de Compostela, deixando 79 mortos, para averiguar por que o condutor não freou o veículo a tempo. A informação que for extraída será transmitida imediatamente ao juiz da investigação, Luis Aláez, indicou uma porta-voz do Tribunal Superior de Justiça da Galícia.

O trem descarrilou após em uma curva perigosa a quatro quilômetros de Santiago de Compostela
Aláez acusou no domingo (28/7) o maquinista do trem, Francisco José Garzón Amo, por "79 crimes de homicídio, todos eles cometidos por imprudência" e o deixou em liberdade sob controle judicial. Segundo suas próprias declarações, o maquinista, um profissional experiente de 52 anos, circulava a 190 km/h em um trecho da via onde a velocidade máxima é de 80 km/h.



Foi ali, em uma curva perigosa a quatro quilômetros de Santiago de Compostela, onde o trem procedente de Madri descarrilou às 20h42 (15h42 de Brasília). Em sua declaração no domingo perante o juiz, Garzón reconheceu, segundo a imprensa, ter tido um "descuido" e não ter freado o trem a tempo, sem explicar os motivos.

Muitos jornais afirmam nesta terça-feira (30) que o maquinista, que havia realizado este percurso em outras 60 ocasiões, declarou ter confundido o trecho onde se encontrava. "Acreditou estar em um trecho distinto do traçado e quando começou a reduzir a velocidade era muito tarde para manter o controle do trem", afirmou o jornal El País.

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