Agência France-Presse
postado em 30/07/2013 13:36
Madri - O trem acidentado em Santiago de Compostela circulava a 192 km/h nos quilômetros anteriores a seu descarrilamento, que ocorreu a uma velocidade de 153 km/h depois de ativados os freios segundos antes, informou a Justiça."No momento que saiu dos trilhos, o trem circulava a 153 km/h", em uma zona em que o limite é de 80 km/h, informou o Tribunal Superior de Justiça da Galícia, depois de . Aparentemente, o condutor também estaria falando ao telefone com um funcionário da ferrovia e consultava um mapa.
No último dia 24, a composição, com mais de 200 pessoas a bordo, descarrilou a 4 km de sua chegada à estação de Santiago, uma área onde a linha, de alta velocidade, se transformava naquele trecho em via convencional, com uma velocidade limitada a 80 km/h ao aproximar-se da cidade.
Segundo os dados extraídos das caixas pretas, o maquinista Francisco José Garzón Amo, um experiente profissional de 52 anos, indiciado por homicídio por imprudência, parecia consultar o trajeto do trem. "Pelo áudio armazenado nas caixas pretas foi possível saber também que o maquinista estava falando por telefone com o pessoal da Renfe (companhia ferroviária espanhola, ndlr), aparentemente com um controlador, no momento do acidente", explicou o tribunal.
"Pelo conteúdo da conversa e pelo ruído de fundo, parece que o maquinista consulta um mapa ou algum documento similar em papel", acrescentou a fonte. Inúmeros jornais espanhóis afirmaram que o maquinista - que aparentemente conhecia bem o trajeto - teria declarado ao juiz que confundiu o trecho em que se encontrava. "Acreditou estar em um trecho diferente do traçado e quando começou a reduzir a velocidade, era tarde demais para manter o controle da composição", afirmou o jornal El País.