Mundo

Berthold Beitz, patriarca da ThyssenKrupp, morre aos 99 anos

Beitz, nascido em 26 de setembro de 1913, foi responsável entre 1941 e 1944 pelos campos de petróleo da Shell em Boryslav

Agência France-Presse
postado em 31/07/2013 16:07
Berthold Beitz é considerado o patriarca da ThyssenKruppBERLIM - O patriarca da ThyssenKrupp, Berthold Beitz, condecorado como "justo" por Israel por ter salvado centenas de judeus da deportação, morreu aos 99 anos de idade, anunciou nesta quarta-feira (31/7) a companhia siderúrgica alemã.

"O presidente honorário do conselho de supervisão da ThyssenKrupp morreu terça-feira (30/7), com a idade de 99 anos", indicou a empresa em um comunicado.

"Durante a Segunda Guerra Mundial, juntamente com sua esposa, ele demonstrou grande coragem e salvou centenas de judeus da SS", lembrou o grupo.

Beitz, nascido em 26 de setembro de 1913, foi responsável entre 1941 e 1944 pelos campos de petróleo da Shell em Boryslav, a uma curta distância de Lvov, ocupada na época pelos alemães e agora pertencente a Ucrânia.



Naquela cidade, onde havia uma grande comunidade judaica vítima de execuções sumárias e deportações durante a ocupação nazista, Beitz esforçou-se para salvar seus empregados dos campos de concentração e extermínio.

Em 1973, Israel concedeu-lhe o título de "Justo entre as Nações", prêmio para aqueles que salvaram judeus colocando em risco suas próprias vidas.

Após a capitulação do nazismo, Beitz foi nomeado diretor geral das siderúrgicas Krupp, símbolo por excelência da indústria de armas alemã durante as duas guerras mundiais. Ele permaneceu ativo até 1989, antes de ser nomeado presidente honorário do conselho de vigilância da Krupp e depois da ThyssenKrupp, uma posição que ocupou até sua morte.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação