Agência France-Presse
postado em 02/08/2013 08:49
Teerã - O presidente eleito do Irã, Hassan Rohani, que neste fim de semana assumirá as funções dele, disse nesta quinta-feira (1;/8) que Israel é uma "ferida" no mundo islâmico que precisa ser curada. "O regime sionista é uma ferida infligida há anos no corpo do mundo islâmico que precisa ser curada", disse Rohani à imprensa durante o dia anual Al-Quds de defesa da causa palestina. Israel reagiu imediatamente e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que os comentários de Rohani mostram a "verdadeira cara" dele. "A verdadeira cara de Rohani foi revelada antes do previsto (...) Ainda que os iranianos neguem depois estes comentários, isto é o que ele pensa e reflete os planos do regime", disse Netanyahu em um comunicado.
Rohani, um clérigo considerado moderado no mundo político iraniano, também disse ser pessimista sobre a tentativa dos Estados Unidos de retomar as negociações entre Israel e os palestinos. "Israel continua com sua natureza agressiva" e as negociações "são uma boa oportunidade para projetar uma aparência pacífica", disse Rohani.
Por sua vez, o presidente em fim de mandato do Irã, Mahmud Ahmadinejad, advertiu nesta sexta-feira que há uma "tempestade" na região para eliminar Israel. "Informo a vocês tendo Deus como testemunha que uma tempestade devastadora está a caminho para eliminar as bases do sionismo", disse Ahmadinejad em um discurso.
Israel "não tem lugar nesta região", acrescentou diante de uma multidão em Teerã para a celebração. As imagens da televisão estatal mostraram centenas de milhares de pessoas desfilando em cidades de todo o país cantando "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos".
O Irã organiza em todo o país manifestações contra Israel por ocasião do dia anual Al-Quds, celebrado todos os anos desde a revolução islâmica de 1979 na última sexta-feira do Ramadã, o mês de jejum muçulmano, para apoiar a causa palestina. As imagens da televisão estatal mostraram centenas de milhares de pessoas desfilando em cidades de todo o país cantando "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos".