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Mugabe se aproxima de ter maioria de 2/3 no Parlamento do Zimbábue

De acordo com os últimos resultados oficiais das eleições gerais de quarta-feira (31/7) de 186 circunscrições, o Zanu-PF conquistará ao menos 137 cadeiras de um total de 210 na Assembleia Nacional

Agência France-Presse
postado em 02/08/2013 15:26
HARARE - O partido do presidente do Zimbábue Robert Mugabe está próximo de conquistar uma maioria de dois terços no Parlamento, segundo os últimos resultados divulgados nesta sexta-feira (2/8) pela Comissão Eleitoral.

De acordo com os últimos resultados oficiais das eleições gerais de quarta-feira (31/7) de 186 circunscrições, o Zanu-PF conquistará ao menos 137 cadeiras de um total de 210 na Assembleia Nacional onde o MDC de Morgan Tsvangirai, o adversário de Mugabe, era majoritário desde 2008.

A maioria de dois terços, que permite modificar a Constituição, é de 140 cadeiras. "Já passamos os dois terços. É uma super-maioria", afirmou por sua vez um membro do gabinete político do Zanu-PF.

A apuração das eleições deve terminar o mais tardar na noite desta sexta-feira (2/8). O MDC, o partido do primeiro-ministro do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, não reconhece os resultados das eleições.

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Segundo a oposição, o processo eleitoral foi fraudulento.

"Decidimos rejeitar estas eleições e suas consequências, o que inclui o governo resultante. Rejeitamos totalmente e não reconhecemos", explicou à AFP Douglas Mwonzora, depois de uma reunião do comitê central do partido.

Se forem confirmados, estes números significarão uma grande vitória para Mugabe, de 89 anos e há 33 no poder, e uma derrota para seu principal rival Morgan Tsvangirai, que chegou ao cargo de primeiro-ministro sob sua presidência para evitar uma guerra civil.

Tsvangirai classificou na quarta-feira as eleições de "grande farsa" e vários observadores denunciaram irregularidades no processo.

No entanto, o chefe da missão de observadores da União Africana, Olusegun Obasanjo, declarou nesta sexta-feira que as eleições no país foram "livres, honestas e confiáveis".

Este julgamento é válido "a menos que existam outras coisas que possam ser demonstradas, deixando de lado alguns incidentes" que não foram suficientemente graves para modificar os resultados, acrescentou Obasanjo.

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