Em um dos mais vastos e específicos sobreavisos antiterrorismo desde os ataques de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos emitiram um alerta sobre o risco de atentados da rede Al-Qaeda contra seus cidadãos e suas representações no Oriente Médio e no Norte da África. Na quinta-feira, o governo já havia anunciado que algumas de suas embaixadas seriam fechadas no domingo, e possivelmente por mais alguns dias, sob suspeita de ameaças terroristas, sem dar detalhes. Ontem, o aviso, com validade até o último dia do mês, foi estendido para cidadãos americanos em viagem para essas regiões e para a Península Arábica. A União Europeia (UE) informou que também estava tomando pedidas preventivas em suas embaixadas.
O alerta de viagem divulgado pelo Departamento de Estado cita especificamente suspeitas ligadas à organização fundada por Osama bin Laden. ;As atuais informações sugerem que a Al-Qaeda e organizações afiliadas continuam planejando ataques terroristas conjuntos na região e além dela. Poderiam concentrar forças em ataques no período que vai de hoje ao fim de agosto;, disse o comunicado, emitido pela divisão de assuntos consulares. As autoridades americanas consideram que os terroristas poderiam eleger como alvos pontos oficiais ou privados, e recorreriam a ;uma variedade de meios e armas;. O sistema público de transportes e outras infraestruturas de turismo poderiam também estar na mira.
O Departamento de Estado listou 17 embaixadas e cinco consulados (leia quadro) a serem fechados no domingo, um dia de trabalho em grande parte do mundo islâmico. A decisão foi apresentada como medida de precaução para proteger os funcionários das representações e possíveis visitantes. No primeiro alerta, o governo não tinha dado detalhes sobre as ameaças, embora não tenha escondido a gravidade da situação. A porta-voz do Departamento, Marie Harf, indicou que alguns desses escritórios podem permanecer fechados indefinidamente.
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