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Barack Obama critica países que adotam leis contra homossexuais

O presidente se referiu a países da África, não citando-os especificamente, onde "gays e lésbicas são perseguidos de alguma maneira"

Agência France-Presse
postado em 07/08/2013 09:21
Washington - O presidente americano, Barack Obama, criticou nesta terça-feira (6/8) os países que adotam leis discriminatórias contra os homossexuais, após a adoção pela Rússia de medidas que punem a "propaganda" gay. "Se discriminam com base na raça, religião ou orientação sexual, violam a moralidade básica que penso que deveria transcender cada país", disse Obama ao responder a uma pergunta sobre a adoção da nova lei russa, em um programa noturno de entrevistas.

Obama: se discriminam com base na raça, religião ou orientação sexual, violam a moralidade básica
"Não tenho nenhuma tolerância com os países que tentam tratar os gays, lésbicas ou pessoas transgênero de uma maneira que os intimide ou prejudique", destacou Obama, acrescentando que a Rússia "não é o único país" que adota este tipo de legislação contra os homossexuais.

O presidente se referiu a países da África, não citando-os especificamente, onde "gays e lésbicas (também) são perseguidos de alguma maneira". Uganda, por exemplo, propôs uma medida que defendia a aplicação da pena de morte para a "homossexualidade agravada", um projeto que não chegou a se tornar lei. "Isto faz com que as coletivas de imprensa sejam incômodas às vezes", disse Obama. "Mas uma das coisas que acredito que sejam muito importantes para mim é garantir que o povo seja tratado de forma limpa e justa", acrescentou.



A medida tomada pela Rússia e transformada em lei pelo presidente Vladimir Putin permite aplicar multas de mais de 5 mil rublos (156 dólares) a cidadãos que divulgarem informação sobre a homossexualidade entre menores, mas os críticos temem que pode levar a legitimar uma maior discriminação.

Esta lei provocou controvérsias diante da proximidade dos Jogos Olímpicos de Sochi em 2014 e gera preocupação ante a visita de atletas e espectadores gays, que podem enfrentar atos discriminatórios e inclusive ações legais. Obama minimizou tais temores, afirmando que Putin e a Rússia tinham o maior interesse em garantir que as Olimpíadas funcionem bem.

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