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Kosovares se opõem a construção de nova usina térmica poluente

A nova usina, cuja construção deve ocupar uma área a poucos quilômetros de Pristina, substituirá uma antiga instalação soviética (Kosovo A), construída nos anos 1960 e que emite 2,5 toneladas de pó a cada hora

Agência France-Presse
postado em 09/08/2013 19:19
PRISTINA - ONGs kosovares lançaram um apelo ao governo dos Estados Unidos para pedir que se oponha ao financiamento por parte do Banco Mundial (BM) da construção, perto de Pristina, de uma nova usina térmica com lignito, um tipo de carvão mineral considerado o mais poluente dos combustíveis fósseis.

Em uma carta endereçada ao secretário de Estado americano, John Kerry, "reivindicamos o abandono do projeto de construção de uma nova usina e pedimos o investimento em fontes de energia limpas e renováveis", declarou à AFP Fisnik Korenica, encarregado de uma das ONGs.



A nova usina, cuja construção deve ocupar uma área a poucos quilômetros de Pristina, substituirá uma antiga instalação soviética (Kosovo A), construída nos anos 1960 e que emite 2,5 toneladas de pó a cada hora. O projeto de construção de uma nova usina com lignito de 600 MW despertou a ira das associações kosovares de proteção do meio ambiente.

A Kosovo A é a principal geradora de eletricidade em Kosovo, junto com a Kosovo B. A usina Kosovo A é considerada a maior fonte de contaminação na Europa. A União Europeia se comprometeu a ajudar as autoridades kosovares a desmontá-la. A usina Kosovo B, construída nos anos 1980, também está muito mal conservada.

O lignito é considerado o mais poluente dos combustíveis fósseis e as ONGs locais afirmam que a contaminação gerada pelas duas usinas térmicas é causadora de cânceres de pulmão e doenças respiratórias frequentes nas pessoas que vivem nas cidades dos arredores.

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