Agência France-Presse
postado em 10/08/2013 17:29
BOGOTA - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, destacou neste sábado (10/8) a morte por tropas do Estado de um chefe da guerrilha comunista das Farc, com a qual seu governo realiza um diálogo de paz em Cuba. "Graças ao trabalho conjunto da força aérea e do exército foi neutralizado ;Zeplin;, líder da frente ocidental das Farc", escreveu Santos em sua conta no Twitter.Zeplin, cujo nome verdadeiro é Jesús Antonio Plata Ríos, foi morto por tropas da terceira divisão do exército em operações realizadas entre os departamentos (províncias) de Cauca e Nariño (sudoeste), informou o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, na noite de sexta-feira.
[SAIBAMAIS]Junto com Zeplin, também foi abatido outro guerrilheiro, conhecido como Miller, que ao que parece, fazia parte de sua segurança pessoal, informou a terceira divisão do exército em um comunicado à imprensa divulgado neste sábado.
Segundo esse relatório, os dois guerrilheiros morreram durante um enfrentamento ocorrido na tarde de sexta-feira em uma zona rural afastada de Balboa (Cauca).
Contra o chefe guerrilheiro, com mais de 20 anos nas FARC, pesavam oito ordens de captura por delitos de associação para delinquir, homicídio, furto qualificado e sequestro extorsivo, disse o relatório.
De acordo com o ministro, Zeplin era o ideólogo do bloco ocidental das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e líder de massas e de redes de apoio ao terrorismo no sudoeste do país, disse a jornalistas. "Este é mais um golpe que demonstra a capacidade de nosso Exército Nacional na luta contra as Farc", acrescentou Pinzón.
Leia mais notícias em Mundo
As negociações entre o governo de Santos e as Farc ocorrem desde novembro do ano passado sem que as duas partes tenham cessado os confrontos na Colômbia, por decisão do presidente, que considera que isso daria uma vantagem estratégica a esta guerrilha.
As Farc, com cerca de 8.000 combatentes e 49 anos de luta armada contra o Estado colombiano, são a guerrilha mais antiga da América Latina. Atualmente as duas partes negociam em Havana o segundo ponto de uma agenda de cinco organizada previamente para colocar fim ao conflito armado.