Rodrigo Craveiro
postado em 11/08/2013 08:00
Em uma entrevista concedida semanas depois dos atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, em 2001, Osama bin Laden fez uma previsão aterradora. ;O destino da nossa batalha não depende mais da sobrevivência de Osama ou da Al-Qaeda, já que a bandeira da jihad (guerra santa) será carregada por outros elementos ; organizados ou individuais ; que se unirão;, afirmou o terrorista saudita. Bin Laden morreu dez anos mais tarde e sua organização se fragmentou, mas a ideologia permaneceu intacta e atraiu mais seguidores. ;Em vez de combater uma organização com hierarquia interna e cadeia de comando, as agências de segurança ocidentais lutam contra inúmeras entidades, dotadas de estruturas amorfas jamais vistas;, alerta Aviv Oreg, ex-chefe do Departamento de Jihad Global e Al-Qaeda da inteligência militar israelense. A cada ano, 7 mil ataques extremistas deixam 9 mil mortos. Fragmentada, a Al-Qaeda volta a ser uma ameaça real, segundo os serviços de inteligência.
;A jihad mudou o formato: de uma organização única (Al-Qaeda) que conduziu a vasta maioria dos ataques letais, entre 2001 e 2006, para multiorganizações operando em todo o mundo. Um atentado poderoso e espetacular é inevitável e iminente;, acredita Oreg. Segundo ele, os elementos jihadistas tentam, a todo custo, realizar tal ataque, e a atividade contraterrorista não tem sido eficiente. ;É apenas uma questão de tempo. Suspeito de que os alvos tradicionais serão meios de transporte (aviões, trens e ônibus), e o modus operandi incluirá homens-bomba;, arrisca o israelense. As novas armas da Al-Qaeda variam de explosivos sofisticados a ciberterrorismo e até recursos não convencionais, como ;bombas sujas; e agentes químicos ou biológicos. ;Entre os alvos preferenciais, eu citaria os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a França;, aposta Oreg.
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