Bagdá - Uma ramificação da rede Al-Qaeda, o "Estado Islâmico do Iraque e do Levante" (EIIL), reivindicou este domingo (11/8), em um comunicado publicado em sites jihadistas, a onda de atentados que deixou mais de 70 mortos no Iraque durante as comemorações do fim do Ramadã. "O Estado islâmico se mobilizou (...) em Bagdá, em (as províncias) do sul e em outras para enviar uma mensagem de dissuasão no terceiro dia do Eid el-Fitr", em resposta às operações das forças de segurança iraquianas, afirmou o grupo em um comunicado. Os xiitas "não terão segurança nem de noite, nem de dia, nem no dia do Eid e em nenhum outro", acrescentou o EIIL.
[SAIBAMAIS]
A comunidade internacional condenou duramente os atentados de sábado, que mataram 74 pessoas e deixaram mais de 320 feridos, mas quase todas as mais altas autoridades iraquianas, inclusive o premier Nuri al-Maliki, não fizeram menção ao ataque, enquanto os cidadãos culpam ferozmente seus líderes por fracassar em prevenir a violência. A violência, que ocorreu durante as celebrações do Eid al-Fitr, que marcam o fim do mais sangrento mês sagrado do Ramadã em anos no Iraque, é o mais recente banho de sangue no país que teme a volta do conflito religioso.
Os atentados ocorreram apenas duas semanas depois de ataques a prisões perto de Bagdá, também reivindicados pelo grupo ligado à Al-Qaeda, libertaram centenas de prisioneiros incluindo líderes militantes, fazendo surgir o temor de um recrudescimento da violência. No entanto, as autoridades têm destacado grandes operações de segurança, entre as maiores desde que as tropas americanas deixaram o país, em dezembro de 2011, que eles dizem ter levado à morte ou à captura de muitos militantes.
Mas quaisquer que tenham sido os ganhos das operações, elas não conseguiram deter o banho de sangue de sábado, e nove pessoas foram mortas em novos atos de violência este domingo no país.