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Cartes assume presidência do Paraguai sob atenções dos sócios do Mercosul

Ainda que tenha conseguido driblar o constrangimento no dia da posse, o novo presidente paraguaio terá de trabalhar com Maduro no reingresso do Paraguai ao bloco

postado em 12/08/2013 06:00
Com a missão de protagonizar o retorno do Partido Colorado ao poder, Horacio Cartes assume a presidência do Paraguai, na próxima quinta-feira, em meio à expectava pelo retorno do país ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unsaul). A eleição e a posse do novo presidente foram estabelecidas como condições para cessar a suspensão imposta por ambos os fóruns regionais após o impeachment do presidente Fernando Lugo, em junho de 2012. De acordo com o jornal La Nación, 100 delegações estrangeiras devem acompanhar a posse, entre um elenco de convidados que inclui empresários influentes e até dirigentes dos times de futebol espanhóis Real Madrid e Barcelona.

Ainda que tenha conseguido driblar o constrangimento no dia da posse, o novo presidente paraguaio terá de trabalhar com Maduro no reingresso do Paraguai ao bloco

Cartes e a equipe de governo prestarão juramento ao Congresso no Palácio do Governo. O presidente receberá a faixa das mãos do presidente do Senado, Julio César Velázquez, uma vez que o atual mandatário, Federico Franco, preferiu se ausentar da cerimônia. A imprensa paraguaia chegou a especular que Franco esteja evitando o encontro com os governantes dos demais membros Mercosul. A presidente Dilma Rousseff confirmou presença, assim como os colegas do Uruguai, José Mujica; do Chile, Sebastián Piñera; e do Peru, Ollanta Humala. Nicolás Maduro, da Venezuela, nem sequer teria sido convidado.



Ainda que tenha conseguido driblar o constrangimento no dia da posse, o novo presidente paraguaio terá de trabalhar com Maduro no reingresso do Paraguai ao bloco, cuja presidência rotativa é exercida neste semestre pela Venezuela. Na avaliação de Regiane Bressan, especialista em integração da América Latina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as divergências ideológicas entre Assunção e Caracas podem causar ;momentos de estagnação;, mas as necessidades de cada país tendem a favorecer uma acomodação. ;O pouco que o Paraguai exporta é destinado aos sócios do Mercosul, e o país dependente dos vizinhos para ter acesso ao mar;, pondera.

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