Agência France-Presse
postado em 12/08/2013 15:25
WASHINGTON - Os Estados Unidos expressaram nesta segunda-feira (12/8) uma "forte preocupação" com a decisão de Israel de permitir a construção de novos assentamentos em território palestino, apesar do início de uma nova rodada de negociações de paz.
"Nossa política não mudou", indicou aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf. "Não aceitamos a legitimidade da manutenção da atividade dos assentamentos".
"Nossa política não mudou", indicou aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf. "Não aceitamos a legitimidade da manutenção da atividade dos assentamentos".
As negociações diretas de paz serão retomadas na quarta-feira em Jerusalém, por iniciativa dos Estados Unidos, com o objetivo de encontrar uma solução para o longo conflito no Oriente Médio.
Autoridades dos países envolvidos estipularam um prazo de nove meses para que um acordo seja alcançado, e Washington teme que a construção de novos assentamentos por parte de seu aliado israelense possa causar o fracasso do processo.
"Seguimos discutindo com o governo israelense para manifestar nossa grande preocupação", disse Harf durante uma entrevista coletiva à imprensa.
O negociador palestino Mohamed Shtayeh rejeitou o anúncio da construção de novos assentamentos e indicou que é uma prova de que Israel "não está seriamente envolvido nas negociações".
A ONU também lembrou nesta segunda-feira que considera a colonização na Cisjordânia ilegal, em reação ao anúncio do governo israelense de construir cerca de 1.000 residências em assentamentos dessa região e de Jerusalém Oriental.
"A posição do secretário-geral (das Nações Unidas, Ban Ki-moon) sobre as colônias é clara: as colônias em territórios ocupados são ilegais, eram e continuam sendo ilegais", disse o porta-voz adjunto da organização internacional, Eduardo del Buey, ao ser consultado a respeito da questão.
O Ministério da Habitação israelense anunciou no domingo a publicação de uma licitação para construir 793 casas em Jerusalém Oriental e 394 na Cisjordânia.