Agência France-Presse
postado em 16/08/2013 17:21
MARIKANA - A Lonmin, empresa britânica que explora a mina de platina de Marikana, na África do Sul, afirmou nesta sexta-feira (16/8) que lamenta a morte de 34 mineiros atacados a tiros em uma ação policial há exatamente um ano, em 16 de agosto de 2012.
"Jamais substituiremos seus entes queridos. E digo que lamentamos sinceramente", declarou o presidente do conselho diretor da Lonmin, Ben Magara, aos mineiros e às famílias dos mortos, um ano depois da tragédia. "Todos os dias sentimos as consequências dessa tragédia", completou, diante de milhares de pessoas reunidas no local do massacre, o pior da história sul-africana desde o fim do apartheid, em 1994. "Tantas vidas perdidas! Isso não deveria ter acontecido. Como nação temos que aprender que isso não deveria ter acontecido e que isso não deve voltar a acontecer", completou.
O sindicato Amcu organizou uma homenagem para lembrar o trágico acontecimento, quando a polícia sul-africana atirou contra uma multidão de mineiros que realizavam um movimento para pedir aumento de salário.
Em ocasião deste primeiro aniversário, a imprensa recordou o episódio em termos muito críticos. "A imagem da polícia disparando contra os mineiros em greve, e matando 34 deles, jamais deveria ocorrer em uma democracia, sob governo da ANC, ex-movimento de libertação", escreveu o jornal The Star, comparando a matança de Marikana aos piores massacres da época do apartheid. "É um momento muito doloroso. Há um ano, muitos de nossos companheiros morreram e depois não tivemos o aumento de salário. Temos a impressão de que nossos irmãos morreram por nada", comentou Christopher Duma, mineiro de 45 anos.
Ao redor da mina de Marikana, situada no "cinturão de platina de Rustenburg" (100 km ao norte de Johannesburgo), as rivalidades sindicais surgidas em 2012 estão longe ter reduzido. Vários ativistas sindicais morreram em Marikana em um ano e a última vítima foi um dirigente do sindicato rival do Amcu, o NUM, assassinado na segunda-feira passada na frente de sua casa.
Sinal da persistência das tensões, o NUM, que perdeu o estatuto de sindicato majoritário em benefício do Amcu, decidiu boicotar as homenagens de um ano.
Depois das orações e do minuto de silêncio, foram realizadas reuniões entre os representantes dos mineiros e a direção da mina para discutir os trabalhos da comissão de investigação, que ainda não apresentou resultados um ano depois da tragédia. "Não sabemos ainda com exatidão o que aconteceu em Marikana, a comissão não entregou suas conclusões e ainda não estamos prontos para determinar quem é responsável pela morte dos 34 trabalhadores", comentou o analista político Eusebius McKaiser.
"Jamais substituiremos seus entes queridos. E digo que lamentamos sinceramente", declarou o presidente do conselho diretor da Lonmin, Ben Magara, aos mineiros e às famílias dos mortos, um ano depois da tragédia. "Todos os dias sentimos as consequências dessa tragédia", completou, diante de milhares de pessoas reunidas no local do massacre, o pior da história sul-africana desde o fim do apartheid, em 1994. "Tantas vidas perdidas! Isso não deveria ter acontecido. Como nação temos que aprender que isso não deveria ter acontecido e que isso não deve voltar a acontecer", completou.
O sindicato Amcu organizou uma homenagem para lembrar o trágico acontecimento, quando a polícia sul-africana atirou contra uma multidão de mineiros que realizavam um movimento para pedir aumento de salário.
Em ocasião deste primeiro aniversário, a imprensa recordou o episódio em termos muito críticos. "A imagem da polícia disparando contra os mineiros em greve, e matando 34 deles, jamais deveria ocorrer em uma democracia, sob governo da ANC, ex-movimento de libertação", escreveu o jornal The Star, comparando a matança de Marikana aos piores massacres da época do apartheid. "É um momento muito doloroso. Há um ano, muitos de nossos companheiros morreram e depois não tivemos o aumento de salário. Temos a impressão de que nossos irmãos morreram por nada", comentou Christopher Duma, mineiro de 45 anos.
Ao redor da mina de Marikana, situada no "cinturão de platina de Rustenburg" (100 km ao norte de Johannesburgo), as rivalidades sindicais surgidas em 2012 estão longe ter reduzido. Vários ativistas sindicais morreram em Marikana em um ano e a última vítima foi um dirigente do sindicato rival do Amcu, o NUM, assassinado na segunda-feira passada na frente de sua casa.
Sinal da persistência das tensões, o NUM, que perdeu o estatuto de sindicato majoritário em benefício do Amcu, decidiu boicotar as homenagens de um ano.
Depois das orações e do minuto de silêncio, foram realizadas reuniões entre os representantes dos mineiros e a direção da mina para discutir os trabalhos da comissão de investigação, que ainda não apresentou resultados um ano depois da tragédia. "Não sabemos ainda com exatidão o que aconteceu em Marikana, a comissão não entregou suas conclusões e ainda não estamos prontos para determinar quem é responsável pela morte dos 34 trabalhadores", comentou o analista político Eusebius McKaiser.