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Julgamento por corrupção de ex-dirigente chinês começa quinta-feira

Bo, ex-dirigente do Partido Comunista na metrópole de Chongqing (sul), foi afastado do cargo no ano passado após um grande escândalo público no qual sua esposa foi condenada por homicídio

Agência France-Presse
postado em 18/08/2013 09:56
A queda de Bo, indiciado por corrupção e abuso de poder, é o maior escândalo político na China em décadas
Pequim
- O julgamento do ex-dirigente chinês Bo Xilai por crime de corrupção e abuso de poder começará no dia 22 de agosto em um tribunal de Jinan, na província de Shandong (leste), anunciou a agência estatal Xinhua.

Bo, ex-dirigente do Partido Comunista na metrópole de Chongqing (sul), foi afastado do cargo no ano passado após um grande escândalo público no qual sua esposa foi condenada por homicídio.

A queda de Bo, indiciado por corrupção e abuso de poder, é o maior escândalo político na China em décadas.

Ele foi afastado do cargo e investigado por corrupção depois da condenação de sua esposa, Gu Kailai, pelo assassinato de um empresário britânico.

A queda do ambicioso dirigente, então um dos 25 membros do poderoso gabinete político do Partido Comunista Chinês, foi facilitada por seu ex-braço direito, o ex-chefe da polícia de Chongqing Wang Lijun.


Depois de cair em desgraça com o superior, Wang pediu asilo político, em fevereiro de 2012, em um consulado dos Estados Unidos, onde revelou os crimes ocorridos em Chongqing.

Bo Xilai também é acusado de abuso de poder por ter impedido Wang de investigar Gu Kailai pela acusação de assassinato.

Gu Kailai foi condenada em agosto de 2012 a pena de morte condicional, que geralmente é comutada por prisão perpétua.

A Xinhua também anunciou que o ex-diretor adjunto da Agência de Planejamento da China Liu Tienen, expulso do Partido Comunista no início de agosto, será investigado judicialmente por corrupção.

Membro da diretoria da Comissão Nacional para a Reforma e o Desenvolvimento (NDRC), que aprova todos os projetos industriais na China, Liu Tienen foi destituído em maio após acusações da imprensa.

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