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Mais de dez mil pessoas apoiam islamitas egípcios em protesto no Marrocos

Alguns carregavam cartazes contra o golpe militar e fotos dos corpos alinhados nos necrotérios improvisados no Cairo

Agência France-Presse
postado em 18/08/2013 21:35
Rabat - Pelo menos dez mil pessoas foram às ruas neste domingo, na capital do Marrocos, Rabat, para denunciar a "repressão armada" egípcia e pedir a "expulsão" do embaixador do Egito de seu país.

A multidão - entre cinco mil e seis mil pessoas, segundo as autoridades, e 15 mil, de acordo com os organizadores - era formada por homens, em sua maioria. Algumas famílias procedentes de todo o reino também participaram. A manifestação transcorreu de forma pacífica, por duas horas, no centro da capital.

[SAIBAMAIS]

Alguns carregavam cartazes contra o golpe militar e fotos dos corpos alinhados nos necrotérios improvisados no Cairo. "Morsy, Morsy! Deus é grande", "exigimos a expulsão do embaixador do Egito no Marrocos", gritaram os manifestantes, sob o olhar das forças da ordem, que não intervieram.

O movimento islamita Justiça e Beneficência, proibido mas tolerado no Marrocos, que defende a instauração de um estado islamita, convocou a manifestação nacional.

Cerca de 500 pessoas já haviam se manifestado na sexta-feira, em Rabat, para exigir "a suspensão imediata de crimes" no Egito. As autoridades marroquinas adotaram uma posição neutra, quando houve o golpe militar contra o então presidente Mohamed Morsy, em 3 de julho.

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Na quarta-feira, porém, o governo do Marrocos expressou sua "emoção" e sua "consternação" com as centenas de mortos na evacuação à força por parte do Exército de dois acampamentos de islamitas na capital egípcia.

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