Agência France-Presse
postado em 19/08/2013 10:44
Jerusalém - Israel considera que deve apoiar o exército egípcio pelo confronto com a Irmandade Muçulmana, afirmou uma autoridade do governo citada pelo jornal Jerusalem Post. "Devemos apoiar o exército egípcio para permitir que coloque o país em marcha", afirmou a fonte, que não foi identificada.A imprensa israelense destaca que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou aos membros do governo e aos porta-vozes oficiais que não façam declarações públicas sobre os acontecimentos no Egito e não pronunciem críticas sobre a política americana para o país.
Segundo a fonte citada pelo Jerusalem Post, "não se deve retirar nada (dos militares), nem prejudicá-los ou ameaçá-los", em referência ao cancelamento do governo dos Estados Unidos de manobras militares conjuntas com o Egito como forma de protesto contra a repressão do exército egípcio.
Também existe a possibilidade de um eventual congelamento da ajuda americana anual de 1,5 bilhão de dólares ao Egito, sendo 1,3 bilhão apenas para o exército. O Jerusalem Post completa que as autoridades israelenses destacam em suas mensagens a Washington e aos principais países europeus que é preciso atuar para que o Egito não afunde.
"A prioridade atualmente não é a democracia e sim a necessidade de que o Estado funcione. Uma vez que o Egito entre nos trilhos, poderemos falar de uma reativação do processo democrático", afirmou a fonte. "Se descartarmos este fator (o exército), o Egito tomará o caminho da Síria, Tunísia e Líbia. Se isto agrada ou não, ninguém pode incomodar o Egito agora", disse.