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Porta-aviões dos EUA atravessa Canal de Suez apesar de tensão com Egito

O canal, que é propriedade do Estado egípcio, foi declarado livre e aberto à navegação, mas os barcos militares americanos se beneficiam de um acesso privilegiado

Agência France-Presse
postado em 19/08/2013 14:06
WASHINGTON - Um porta-aviões americano atravessou no domingo o canal de Suez em direção à região do Golfo, anunciou nesta segunda-feira (19/8) a Marinha americana, quando as relações entre os Estados Unidos e o Egito sofrem graves tensões.

O "USS Harry Truman" e sua escolta composta por dois destróieres, dois cruzeiros e possivelmente um ou vários submarinos de ataque realizarão nos próximos meses "operações de segurança marítima" e participarão de operações aéreas no Afeganistão, afirma a Marinha em um comunicado. O porta-aviões substituíra na zona o "USS Nimitz".

O canal de Suez, de 200 km de comprimento, é uma passagem estratégica entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho para a Marinha americana, e por ele transitam a cada ano quarenta de suas embarcações militares, segundo a V Frota citada pelo jornal USA Today.



O canal, que é propriedade do Estado egípcio, foi declarado livre e aberto à navegação, mas os barcos militares americanos se beneficiam de um acesso privilegiado ao não precisarem fazer fila para entrar no canal, como é o caso da maioria das embarcações, segundo o jornal.

Esta situação se deve à estreita relação entre os dois países, no âmbito da qual os Estados Unidos entregam a cada ano ao Egito 1,3 bilhão de dólares para ajuda militar.

No entanto, a relação bilateral atravessa um delicado momento pela crise egípcia desde a queda do presidente islamita, Mohamed Mursi, e a repressão aos seus seguidores, que deixou mais de 500 mortos na semana passada.

Como consequência, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na semana passada o cancelamento de exercícios militares conjuntos previstos para setembro.

A importância do canal de Suez para os Estados Unidos aumentará quando Washington começar a transferir seu material bélico do Afeganistão com a retirada de suas tropas do país.

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