postado em 21/08/2013 21:23
Bogotá - O terceiro dia do Protesto Nacional Agrário da Colômbia terminou com saldo de pelo menos 50 feridos e 85 pessoas detidas. As manifestações bloqueiam ao menos 16 rodovias importantes no país e 30 estradas regionais. O movimento tem a participação de camponeses, indígenas, caminhoneiros e trabalhadores mineiros. Eles reivindicam melhores condições de trabalho para o campo e a revisão das ;políticas neoliberais adotadas pelo governo do país;.De acordo com a TV Multiestatal Telesur, que enviou um correspondente aos departamentos de Meta e Vale de Cauca, na Região Central do país, os camponeses que participam do ato sofrem forte repressão do Esquadrão Móvel Anti Distúrbios (Esmad). Representantes do movimento também denunciam nas redes sociais ; Twitter e Facebook ; a repressão na região. Por outro lado, hospitais, centros de abastecimento e postos de combustíveis, já reportam problemas de abastecimento no país.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediram em Havana, Cuba, que o governo não criminalize os protestos. Por sua vez, o governo de Juan Manuel Santos informou que não aceitará a presença de infiltrados da guerrilha nas manifestações e que tem tido disposição para o diálogo.
As manifestações ocorrem no momento em que o governo e as Farc informam estar avançando na negociação pelo fim do conflito armado colombiano. O desenvolvimento agrário era o primeiro item da pauta de conversações. Em maio, a mesa negociadora fechou um acordo sobre o tema, embora os detalhes não tenham sido amplamente divulgados.