Os Estados Unidos não estão em posição, "no momento", de dizer com certeza se ocorreu uso de armas químicas na Síria na última quarta-feira (21/8), declarou nesta quinta-feira (22/8) o Departamento de Estado americano.
"Neste momento, somos incapazes de determinar definitivamente se foram usadas armas químicas", segundo a porta-voz da diplomacia americana, Jennifer Psaki, acrescentando que "o presidente (Barack Obama) ordenou que os serviços de inteligência reúnam o mais rapidamente possível relatórios adicionais" sobre tais alegações.
"Estamos focados a cada minuto de cada dia, desde os acontecimentos de ontem (quarta-feira), para fazer tudo em nosso poder a fim de esclarecer os fatos", acrescentou.
Se os Estados Unidos concluírem que o regime sírio realmente recorreu ao uso dessas armas químicas, seria uma "escalada flagrante e escandalosa", ressaltou Psaki.
A Casa Branca tem sido pressionada pela imprensa e por parlamentares que esperam uma resposta após a suposta utilização de armas químicas por parte do regime sírio contra rebeldes e civis.
O presidente francês, François Hollande, mencionou nesta quinta "uma provável utilização de armas químicas", em uma conversa por telefone com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de acordo com o Eliseu. E seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, pediu uma "forte reação".
O secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu nesta quinta com Fabius, segundo o porta-voz do Departamento de Estado.