Agência France-Presse
postado em 22/08/2013 17:55
Quatro foguetes foram disparados nesta quinta-feira (22/8) a partir do sul do Líbano em direção ao norte de Israel, causando danos materiais mas sem deixar vítimas, desencadeando uma ameaça de resposta do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.Os disparos causaram o acionamento das sirenes de alerta na região da cidade litorânea israelense de Nahariya, onde pouco depois do ataque a polícia exortou os moradores e ficarem perto de abrigos.
"Quatro foguetes foram disparados contra áreas civis do norte de Israel", indicou o Exército israelense em um comunicado.
"Um dos foguetes foi interceptado por uma bateria do sistema de defesa antimísseis ;Iron Dome; entre Acre e Nahariya", disse ele, acrescentando: "outros dois foguetes caíram em áreas populosas causando estragos, mas não vítimas". O Exército não indicou o que aconteceu com o quarto foguete.
Uma fonte dos serviços de segurança libaneses indicou que homens não identificados tinham disparado "quatro foguetes em direção a Israel a partir de dois setores, a leste e ao sul da cidade de Tiro".
O ataque foi reivindicado no Twitter por uma liderança das Brigadas Abdullah Azzam, um grupo ligado à Al-Qaeda que já tinha assumido a autoria de ataques semelhantes contra o Estado hebraico em 2009 e em 2011.
O Exército israelense "considera o Líbano e as Forças Armadas libanesas as instituições responsáveis por este ataque", segundo um comunicado do Exército israelense, indicando que os foguetes tinham sido disparados por jihadistas.
Um correspondente da AFP viu um buraco no chão em Gesher Haziv, um kibutz situado a leste de Nahariya, assim como dois carros destruídos. Os serviços de emergência não indicaram vítimas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou para qualquer ataque ao país.
"Qualquer um que nos fizer mal, ou tente nos fazer mal, deve saber que nós o atacaremos", disse ele em um pronunciamento transmitido pela televisão.
O presidente libanês, Michel Sleimane, considerou que os disparos foram "uma violação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU e da soberania libanesa".
"Peço aos serviços responsáveis que detenham e levem à justiça os autores desses atos".
O Exército libanês abriu uma investigação junto com a Força Interina das Nações Unidas (Finul), posicionada no sul do Líbano.