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Chanceler britânico acredita em uso de armas químicas por regime sírio

Segundo o ministro das Relações Exteriores, William Hague, além das armas químicas "não há outra explicação plausível com tantas vítimas numa pequena área"

Agência France-Presse
postado em 23/08/2013 10:09
Londres - O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, declarou nesta sexta-feira (23/8) em um discurso transmitido pela televisão que, segundo Londres, o atentado de quarta-feira (21/8) perto de Damasco foi "um ataque químico do regime de Assad". "Acreditamos que este foi um ataque químico do regime de Assad, mas queremos que a Organização das Nações Unidas confirmem" esta possibilidade, indicou o chefe da diplomacia britânica em um discurso transmitido pela Sky News e BBC.

[SAIBAMAIS]"A única explicação possível para o que vimos é tratar-se de um ataque químico", reiterou, acrescentando que "não há outra explicação plausível com tantas vítimas numa pequena área". "Nossa prioridade neste momento é garantir que a equipe de inspetores da ONU no terreno investigue o local para determinar os fatos", acrescentou Hague. "Se isso não ocorrer nos próximos dias, porque o tempo é crucial nestes casos - as provas vão deteriorar-se nos próximos dias -, então nós estaremos prontos para acionar o Conselho de Segurança para obter um mandato mais poderoso", disse.



A ministra italiana das Relações Exteriores, Emma Bonino, afirmou que uma informação "segura" sobre o ataque é necessária antes de qualquer tipo de reação. A oposição síria acusa o regime de atacar com armas químicas na quarta-feira as localidades de Ghouta oriental e Muadamiyat al-Sham, áreas da periferia de Damasco e redutos dos rebeldes, provocando um número indeterminado de vítimas. A oposição cita 1.300 mortos, enquanto o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com base em uma ampla rede de ativistas e médicos, registrou, por sua vez, 170 mortes. O regime nega o uso de armas químicas.

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