Moscou - Os ocidentais são incapazes de fornecer as provas que sustentem as alegações sobre o ataque químico supostamente realizado pelo regime sírio, declarou nesta segunda-feira (26/8) o chefe da diplomacia russa, Sergue; Lavrov. "Eles não podem fornecer provas, mas dizem que a ;linha vermelha; foi cruzada e que não podemos mais esperar", declarou Lavrov durante uma coletiva de imprensa.
"Recorrer à violência sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU é uma grave violação do direito internacional", indicou o ministro aos jornalistas, acrescentando que o Ocdiednte se dirige para "um caminho muito perigoso".
[SAIBAMAIS]Lavrov disse ainda que ma intervenção militar na Síria sem aval do Conselho de Segurança da ONU sugerida por Londres e Paris seria "perigosa" e violaria "grosseiramente o direito internacional". "Estou preocupado com as declarações de Paris e Londres, segundo as quais a Otan pode intervir para destruir armas químicas na Síria sem autorização do Conselho de Segurança da ONU. É um terreno escorregadio e perigoso", afirmou Lavrov.
"O recurso à força sem autorização do Conselho de Segurança da ONU é uma violação grosseira" ao direito internacional (...) Uma intervenção não autorizada pela comunidade internacional só agravaria a situação em um país que gostaríamos salvar da ditadura e gostaríamos impor a democracia", acrescentou.
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse na segunda-feira (26)que era "possível" responder ao uso de armas químicas, sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU. O secretário da Defesa americano, Chuck Hagel, indicou por sua vez que as forças americanas estavam prontas para agir contra o regime sírio, se necessário.
Já a Turquia, aliada dos rebeldes sírios, assegurou que estava pronta para participar de uma coalizão contra a Síria, mesmo sem consenso nas Nações Unidas. O suposto ataque químico em 21 de agosto perto da capital síria, que causou a morte de centenas de pessoas, agravou as divergências russo-ocidentais sobre o conflito sírio. "Os ocidentais não podem fornecer provas, mas dizem que a ;linha vermelha; foi cruzada e que não podemos mais esperar", acusou Lavrov aos jornalistas, acrescentando que o Ocidente se dirige para "um caminho muito perigoso".