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Irã considera ser perigoso falar de intervenção militar na Síria

Um porta-voz do governo afirmou que "qualquer má interpretação da situação na Síria levará toda a região a uma situação complicada e perigosa, com consequências para todos os países da região"

Agência France-Presse
postado em 26/08/2013 11:04
Teerã - O Irã considerou nesta segunda-feira (26/8) ser perigoso falar sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, no momento em que as potências ocidentais estudam opções militares após um suposto ataque químico nas proximidades de Damasco.

[SAIBAMAIS]"A região precisa de paz, falar de um ataque militar contra a Síria, e ainda sem a autorização do Conselho de Segurança (da ONU), é muito perigoso e pode criar tensões", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Araqchi, citado pela agência de notícias ISNA.



"Qualquer má interpretação da situação na Síria levará toda a região a uma situação complicada e perigosa, com consequências para todos os países da região", acrescentou, garantindo que "a resolução da crise na Síria não pode ser por meios militares. O diálogo e um acordo político para uma solução pacífica são as únicas maneiras". "A opinião pública não esqueceu as mentiras sobre as armas de destruição em massa no Iraque e não permitirá que tais acusações falsas levem a uma tragédia humanitária", disse.

O chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse na segunda-feira que era "possível" responder ao uso de armas químicas, sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, indicou por sua vez que as forças americanas estavam prontas para agir contra o regime sírio, se necessário. Já a Turquia, aliada dos rebeldes sírios, assegurou que estava pronto para participar de uma coalizão contra a Síria, mesmo sem consenso nas Nações Unidas.

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