Agência France-Presse
postado em 26/08/2013 17:51
WASHINGTON - Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira (26/8) que foram utilizadas armas químicas na Síria, em um ataque de imperdoável "obscenidade moral" contra civis, e advertiram que o presidente Barack Obama exigirá "que sejam prestadas contas".
Com a retórica mais dura já usada até o momento, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que Washington ainda examina as provas, mas garantiu que não há dúvidas sobre a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad.
"Foram utilizadas armas químicas na Síria, é inegável", disse Kerry, em declarações transmitidas pela televisão. "O que vimos na Síria na semana passada deveria atingir a consciência do mundo. Desafia qualquer código de moralidade", frisou.
"Deixe-me ser claro. O massacre indiscriminado de civis, a matança de crianças e mulheres e de observadores inocentes por armas químicas é uma obscenidade moral", completou. "É indesculpável dentro de qualquer padrão e, apesar das desculpas e dos equívocos que alguns produziram, é inegável", insistiu Kerry.
[SAIBAMAIS]O governo de Assad negou que tenha cometido um ataque de armas químicas contra uma comunidade civil, perto de Damasco, na última semana, e no qual centenas de pessoas teriam morrido. Já Kerry declarou que relatos independentes de atrocidade são confiáveis e que os Estados Unidos devem apresentar provas em breve.
"Além disso, sabemos que o regime sírio mantém essas armas químicas sob custódia. Sabemos que o regime sírio tem capacidade para fazer isso com seus foguetes", insistiu.
"Sabemos que o regime está determinado a acabar com a oposição exatamente desses lugares onde os ataques aconteceram. E, com nossos próprios olhos, todos nós viramos testemunhas. Temos informações adicionais sobre esse ataque, e essa informação está sendo reunida e revisada junto com nossos parceiros, e vamos fornecer essas informações nos próximos dias", completou o secretário.
"Nosso sentido de humanidade básico é ofendido não apenas por esse crime covarde, mas também pela tentativa cínica de acobertá-lo", declarou.
Kerry alertou que os ataques químicos terão consequências. Notícias da imprensa americana apontam nesse sentido, afirmando que os Estados Unidos e as forças aliadas se preparam para lançar ataques de mísseis de cruzeiro contra o regime sírio.
"Não se enganem. O presidente Obama acredita que aqueles que usarem as armas mais hediondas contra os povos mais vulneráveis do mundo devem prestar contas. Nada hoje é mais sério do que isso, e nada está recebendo uma atenção mais séria do que isso".
Mas Kerry não mencionou um plano de ataque contra o regime de Damasco, que nega ter utilizado armas químicas. A Casa Branca negou informações do jornal britânico Telegraph indicando que Washington e Londres se preparavam para lançar uma ação militar conjunta "nos próximos dias".
No entanto, o secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, declarou que as forças de seu país estão preparadas para atuar contra o regime sírio, caso seja necessário.
No terreno, os investigadores da ONU, mesmo alvejados por franco-atiradores, finalmente conseguiram se deslocar até Moadamiyat al-Sham, uma localidade a sudoeste de Damasco tomada pelos rebeldes e que na quarta-feira foi alvo, segundo a oposição, de um ataque com armas químicas por parte do regime.
Apesar dessas "circunstâncias muito difíceis", eles conseguiram "visitar dois hospitais e conversar com testemunhas, sobreviventes e médicos, e também conseguiram recolher provas", declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Com a retórica mais dura já usada até o momento, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que Washington ainda examina as provas, mas garantiu que não há dúvidas sobre a responsabilidade do regime de Bashar al-Assad.
"Foram utilizadas armas químicas na Síria, é inegável", disse Kerry, em declarações transmitidas pela televisão. "O que vimos na Síria na semana passada deveria atingir a consciência do mundo. Desafia qualquer código de moralidade", frisou.
"Deixe-me ser claro. O massacre indiscriminado de civis, a matança de crianças e mulheres e de observadores inocentes por armas químicas é uma obscenidade moral", completou. "É indesculpável dentro de qualquer padrão e, apesar das desculpas e dos equívocos que alguns produziram, é inegável", insistiu Kerry.
[SAIBAMAIS]O governo de Assad negou que tenha cometido um ataque de armas químicas contra uma comunidade civil, perto de Damasco, na última semana, e no qual centenas de pessoas teriam morrido. Já Kerry declarou que relatos independentes de atrocidade são confiáveis e que os Estados Unidos devem apresentar provas em breve.
"Além disso, sabemos que o regime sírio mantém essas armas químicas sob custódia. Sabemos que o regime sírio tem capacidade para fazer isso com seus foguetes", insistiu.
"Sabemos que o regime está determinado a acabar com a oposição exatamente desses lugares onde os ataques aconteceram. E, com nossos próprios olhos, todos nós viramos testemunhas. Temos informações adicionais sobre esse ataque, e essa informação está sendo reunida e revisada junto com nossos parceiros, e vamos fornecer essas informações nos próximos dias", completou o secretário.
"Nosso sentido de humanidade básico é ofendido não apenas por esse crime covarde, mas também pela tentativa cínica de acobertá-lo", declarou.
Kerry alertou que os ataques químicos terão consequências. Notícias da imprensa americana apontam nesse sentido, afirmando que os Estados Unidos e as forças aliadas se preparam para lançar ataques de mísseis de cruzeiro contra o regime sírio.
"Não se enganem. O presidente Obama acredita que aqueles que usarem as armas mais hediondas contra os povos mais vulneráveis do mundo devem prestar contas. Nada hoje é mais sério do que isso, e nada está recebendo uma atenção mais séria do que isso".
Mas Kerry não mencionou um plano de ataque contra o regime de Damasco, que nega ter utilizado armas químicas. A Casa Branca negou informações do jornal britânico Telegraph indicando que Washington e Londres se preparavam para lançar uma ação militar conjunta "nos próximos dias".
No entanto, o secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, declarou que as forças de seu país estão preparadas para atuar contra o regime sírio, caso seja necessário.
No terreno, os investigadores da ONU, mesmo alvejados por franco-atiradores, finalmente conseguiram se deslocar até Moadamiyat al-Sham, uma localidade a sudoeste de Damasco tomada pelos rebeldes e que na quarta-feira foi alvo, segundo a oposição, de um ataque com armas químicas por parte do regime.
Apesar dessas "circunstâncias muito difíceis", eles conseguiram "visitar dois hospitais e conversar com testemunhas, sobreviventes e médicos, e também conseguiram recolher provas", declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.