Agência France-Presse
postado em 27/08/2013 09:00
Damasco - O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mualem, desafiou nesta terça-feira (27/8) o mundo a apresentar uma "prova" de que o regime utilizou armas químicas na guerra contra a rebelião. "Escutamos os tambores da guerra ao redor de nós. Se querem executar um ataque contra a Síria, penso que o pretexto das armas químicas não é válido para nada. Eu os desafio a mostrar as provas", disse o ministro.
A Síria dispõe de meios defensivos que vão "surpreender" o mundo, advertiu o ministro. "Atacar a Síria não é um assunto fácil. Dispomos de meios defensivos que surpreenderão os demais", afirmou em uma entrevista coletiva, em um discurso destinado aos Estados Unidos e aos aliados, que avaliam a possibilidade de uma ação contra o regime de Bashar al-Assad.
O ministro disse que um ataque ocidental não afetaria a campanha militar de Damasco contra os rebeldes. Se acreditam que assim poderão impedir a vitória de nossas Forças Armadas se enganam", afirmou em entrevista coletiva em Damasco.
Mualem também afirmou que a Síria se defenderá em caso de ataque militar ocidental. "Temos duas opções: rendição ou defesa com os meios que temos. A segunda alternativa é a melhor: nos defenderemos", declarou o chanceler.
O ministro informou ainda que um eventual ataque militar ocidental a seu país beneficiaria os interesses de Israel e da Al-Qaeda. "O esforço de guerra realizado pelos Estados Unidos e seus aliados beneficiará os interesses de Israel e em segundo lugar da Frente Al-Nosra", grupo armado que combate ao lado dos rebeldes sírios e que jurou fidelidade à Al-Qaeda.