Bogotá ; O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) confirmou que Wober foi transportado em um helicóptero da organização internacional do norte da Colômbia, onde foi solto, até a cidade de Barrancabermeja (403 km ao nordeste de Bogotá).
Depois, Wober foi transferido para a cidade de Bogotá, onde se reuniu com autoridades da embaixada canadense na Colômbia e será submetido a exames médicos "de maior profundidade".
O chefe da delegação do CICR na Colômbia, Jordi Raich, disse que Wober "parece ter bom estado de saúde", segundo um médico dessa ONG humanitária que o examinou antes de partir da zona rural do departamento de Bolívar, onde foi solto. Além de membros do CICR, a missão que recebeu o cidadão canadense das mãos dos guerrilheiros incluiu representantes da Igreja católica colombiana.
O ELN disse que a libertação de Wober seria possível depois que a mineradora canadense Braeval Mining - para a qual o refém trabalha - anunciou em 24 de julho a devolução dos títulos mineiros "dos quais havia se apoderado" no departamento de Bolívar.
Wober, de 47, foi sequestrado em 18 de janeiro junto com dois peruanos e três colombianos, que também trabalhavam para a Braeval, com sede em Toronto. Os cinco foram postos em liberdade um mês depois.
No final de julho, a companhia canadense renunciou às suas atividades na Colômbia, devido às "desfavoráveis condições de mercado e planos de reorientar os esforços para seus outros projetos", sem mencionar o caso do engenheiro sequestrado.
Em comunicado publicado nesta terça, o primeiro comandante do ELN, Nicolás Rodríguez, disse esperar que o "ato humanitário" da libertação de Wober "contribua para uma troca saudável e para a paz da Colômbia".
"Queremos ressaltar em nossa mensagem que esse desfecho bem-sucedido prova que são possíveis as soluções negociadas dos conflitos, existindo ainda interesses contrapostos", disse Rodríguez.
[SAIBAMAIS]