Agência France-Presse
postado em 29/08/2013 15:16
Cairo - Os partidários do deposto presidente islamita Mohamed Morsy, que sofrem uma violenta repressão há duas semanas no Egito, afirmaram nesta quinta-feira (29/8) que pretendem continuar com suas manifestações, especialmente depois da oração no Cairo."Damos as boas-vindas aos pedidos de calma, mas continuaremos nos manifestando pacificamente", declarou à imprensa Salah Jomaa, um dos membros da Aliança pela Democracia e contra o Golpe de Estado, composta basicamente pela Irmandade Muçulmana.
A Aliança convocou novas manifestações para esta sexta-feira em todo o país para denunciar o que consideram um golpe de Estado do exército, que em 3 de julho passado derrubou e prendeu Morsy, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.
O porta-voz da polícia advertiu sobre o risco de distúrbios durante as manifestações e recordou que soldados e policiais estão autorizados a disparar.
O governo interino estabelecido pelos militares reiterou sua autorização aos soldados e policiais do Cairo e grandes cidades a abrir fogo contra qualquer manifestante que atacar bens públicos ou as forças de ordem.
Mais de 1.000 pessoas, partidários de Morsy em sua maioria, morreram em agosto durante a dispersão de suas contrações e mais de 2.000 foram presos, entre eles os principais dirigentes da Irmandade Muçulmana.