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Terceiro amigo do suspeito de Boston é acusado de mentir para polícia

O atentado deixou três mortos e 264 feridos na maratona de Boston, em Massachusetts, no dia 15 de abril

Agência France-Presse
postado em 29/08/2013 19:58
Um grande júri americano acusou Robel Phillipos, amigo do suspeito dos atentados de Boston Dzhokhar Tsarnaev, de ter mentido para a polícia durante a investigação.

Phillipos, de 19 anos, recebeu duas acusações por prestar falsas declarações à polícia durante a investigação das explosões. O atentado deixou três mortos e 264 feridos na maratona de Boston, em Massachusetts, no dia 15 de abril. Se for considerado culpado, esse estudante de Cambridge poderá passar até 16 anos preso.

A acusação foi feita duas semanas depois que outros dois amigos de Tsarnaev, acusados de obstruir a investigação, declararam-se inocentes.

Dias Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov, ambos de 19 anos, podem ser condenados a até 20 anos de prisão pela acusação de "obstrução" da Justiça e a até cinco anos por "conspiração", além de multa de US$ 250 mil, três anos de liberdade condicional e a possibilidade de serem deportados, segundo a procuradoria federal.



Segundo as autoridades, Dzhokhar, que se declarou inocente em 10 de julho, cometeu os ataques junto com seu irmão Tamerlan, de 26 anos, morto no confronto com a polícia.

Três dias depois das explosões e quando o FBI divulgou fotos dos dois suspeitos, Dzhokhar enviou uma mensagem de texto por celular para o amigo Kadyrbayev. No torpedo, ele lhe pediu que fosse até seu quarto no campus universitário e retirasse seus objetos pessoais.

Os dois cazaques, junto com Phillipos, atenderam ao pedido, e Kadyrbayev, com a concordância de Tazhayakov, jogou o notebook e a mochila de Dzhokhar em uma lata de lixo. Durante a última investigação, Phillipos omitiu esse fato da polícia. "Ao fazê-lo, deu várias declarações falsas e enganosas aos agentes", segundo a acusação.

Phillipos havia sido acusado de ter mentido para os investigadores e foi posto em liberdade condicional no dia 6 de maio.

Pelo menos 30 acusações pesam contra Dzhokhar Tsarnaev e, dessas, 17 podem levar à prisão perpétua, ou à pena de morte.

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